A chegada do podcast e o novo momento para o rádio

Por Guliver Leão, para Coletiva.net

O mundo se ajustando às possibilidades que as novas tecnologias proporcionam numa velocidade cada vez maior. O segmento de rádio e TV, bem como os profissionais da comunicação, buscam se adaptar aos novos tempos cada vez mais rápido e também com profundidade - é uma questão de sobrevivência. Entre as novidades que surgiram e ganharam força nos últimos anos está o formato podcast, que já é amplamente utilizado e caiu no gosto dos ouvintes. 

O podcast é uma mídia de transmissão de informações em formato de áudio. Vem conquistando espaço na Web 2.0, especialmente com relação à produção de informação e às suas funcionalidades  educativas. A grande vantagem deste formato é o acesso ao conteúdo sob demanda, ou seja, o público pode ouvir o que quiser, na hora que quiser. Basta acessar e clicar no play ou baixar o conteúdo desejado.

Atualmente já vemos movimentos inclusive de um mercado publicitário voltado especificamente a este formato. Conforme relatório da consultoria PWC, feito nos Estados Unidos, os anunciantes investiram aproximadamente US$ 313 milhões em anúncios para podcast em 2017 - um aumento de 86% em relação aos US$ 169,1 milhões do ano anterior. E assim é a comunicação: uma constante evolução. E este meio, ao contrário do que se possa pensar, não compete com as rádios, mas agrega valor às mesmas. Há até quem  associe os podcasts à era de ouro do rádio, como ficaram conhecidas as décadas de 1920 e 1930.

No Brasil, iniciativas como a do jornal Folha de São Paulo, que lançou um podcast diário de notícias em parceria com o Spotify, são a prova de que o formato realmente veio para ficar. O fato é: quando se trata de mercado da comunicação, é preciso saber se adaptar e se reinventar, aproveitando todas as oportunidades e, principalmente, permanecendo atento às demandas do público consumidor.

Guliver Leão é presidente da Federação Nacional das Empresas de Rádio e Televisão (Fenaert)

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