A TV aberta está morta ou será que ressuscitou ?

Por Danilo Teixeira, para Coletiva.net

"A TV morreu!", diz o título do Estadão. "O Fim da TV!", disse o ator Lima Duarte numa entrevista. "A TV será substituída pela internet!", afirmou o diretor-executivo da Netflix, Reed Hastings.

Nos últimos 10 anos, essas manchetes rondam os veículos e encontros de Comunicação. As plataformas digitais cresceram, as redes sociais bombaram e o acesso aos smartphones foi facilitado pela tecnologia e custo. Os consumos de informações se multiplicaram na internet, assim como vídeos, e até mesmo, o conteúdo da TV aberta foram parar nos portais e redes sociais. Este cenário era perfeito para assassinar a TV mas... nada.

Em 2017, se comparado a 2016, o telespectador está assistindo TV diariamente 10 minutos a mais, diz a Kantar Ibope. Outra pesquisa recente da Ibope conclui que a televisão aberta é vista por 70% da população de classe C. O mesmo instituto, num cruzamento de informações com o IBGE, mostra, ainda, que "a maioria das pessoas que vê TV aberta também tem acesso à internet, mas prefere se informar jornalisticamente pela TV".

Quando se trata de informação local, tudo fica mais acentuado. Quanto menor a aldeia, mais a TV é solicitada. A internet, segundo a pesquisa também do Ibope, é para se divertir nas redes sociais.

Fonte principal de informação, diversão para a família no entretenimento e no esporte, a senhora TELEVISÃO, criada no início do século 20, ainda não morreu de "morte matada" e nem "de velha". Ela tá viva, colorida e com definições 4K e também na versão 3D. Só para constar: A próxima Copa do Mundo na Rússia já será transmitida também em 8K. Quer mais brilho? Então, liga o sinal digital.

O analógico se despede de Porto Alegre e região em 14 de março.

É, ressuscitaram a TV e os telespectadores estão se renovando. "Color bars" e um sinal de "pi" pra quem anunciava a morte da TV.

Danilo Teixeira é editor regional do SBT RS.

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