Engenheiro de software explica o que é blockchain e para que serve

Eduardo Makiyama tem mais de 20 anos de experiência em TI

Eduardo fala sobre blockchain - Divulgação/Coletiva.net

Cerca de 40 pessoas acompanharam as explicações do engenheiro de software Eduardo Makiyama sobre o que é blockchain e para que serve. No encontro, ocorrido no hub POA Clínicas, em Porto Alegre, ele falou que nos mais de 20 anos que atua com Tecnologia da Informação, nunca viu tanta arquitetura disponível como tem hoje. Para tratar do assunto, ele brincou com a clássica pergunta 'Quem matou Odete Roitmann' para exemplificar um sistema de votação, para um grupo entrar em consenso e ter uma maior possibilidade de acertar. "Duas palavras-chave para blockchain: consenso e colaboração."

Segundo ele, blockchain está em uma curva exponencial e tem muito projeto saindo do papel. Eduardo também falou sobre as criptomoedas que, de acordo com ele, possibilitam que todas as pessoas estejam incluídas em um sistema financeiro. Por meio de uma frase elaborada por ele mesmo e que foi publicada em revistas que são referência no setor, o engenheiro explicou: "Arquitetura que cria na internet uma rede global de transferência de tokens (qualquer coisa que pode ser calculada matematicamente) descentralizada, transparente e com auditoria automática e contínua que torna mais eficiente colaborar do que trapacear".

Enquanto a criptomoeda é uma moeda digital, a blockchain é uma arquitetura colaborativa e transparente. Para exemplificar, ele mencionou a plataforma GitHub de código-fonte, acessível a qualquer pessoa e que pode ser auditada por qualquer usuário. Eduardo explicou que há blockchain pública - compartilhadas com todos - e privada, com informações confidenciais, como número de cartão de banco e CPF, por exemplo. Também relembrou o surgimento das bitcoins, em 2008, na época da grande crise mundial.

Ele comentou que se pode usar blockchain em todos os lugares do mundo e que o Brasil é o quarto maior país do mundo que utiliza criptomoeda. "Alguns lugares na Argentina preferem receber em moeda digital do que em pesos, de tanto que está desvalorizado", contou, ao declarar que há mais de mil criptomoedas espalhadas pelo mundo. "É uma nova economia que está nascendo. Uma economia colaborativa", defendeu, e acrescentou: "Isso já acontece na Europa e daqui a pouco vai chegar aqui. Tem gente que usa blockchain sem nem mesmo saber", alertou.

Em um bate-papo bem-humorado, o engenheiro deu diversos exemplos de empresas que já utilizam as blockchain. "Neste ano, ainda, vão nascer muitas identificações desse tipo", anunciou, ao citar diversas plataformas, como a UJO, de música, e a Agrum, de vinho. Falou ainda de criptomoedas internacionais próprias, como na Rússia que, segundo ele, não foi muito eficiente pela dificuldade em utilizá-la.

A equipe de Coletiva.net conta com o apoio do Grupo RBS e do Sicredi para a realização da cobertura em tempo real do BS Festival. Ao longo da programação, a editora do portal, Gabriela Boesel, as repórteres Júlia Fernandes, Luana Nyland, Marla Gass e Patrícia Lapuente, e a publisher Márcia Christofoli produzem conteúdo sobre o evento e seus bastidores, além de alimentarem as redes sociais com tudo o que acontece no evento. 

 

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