Primeiro Passo da Jornada

Por Flavio Paiva

Que toda a jornada começa pelo primeiro passo, como dizem os sábios chineses, já sabemos. Apesar de muitos ainda quererem começar a jornada no estágio três ou sete, abreviando trajetória. Mesmo em startups, existem passos a seguir. No caso destas, não engessados e rigorosos, mas rumo ao momento disruptivo.

Porém, na vida em geral, temos que dar os primeiros passos, rumo ao objetivo, seja ele breve ou infinito. E estamos em momento de primeiros passos: início de século, início de ano (logo após o Carnaval, o que está bastante breve), início de ano letivo, início de uma transformação profunda que é a reforma da previdência, início de novos governos estaduais, federal e modificações no Congresso.

Estes primeiros movimentos da jornada nos permitem e requerem reflexão. Aonde queremos chegar? Como? Com quais ventos? Com quem? Todas estas perguntas são fundamentais, para que possamos reduzir a quantidade de esforço desperdiçado.

Jornadas são aprendizados e erros (e acertos, óbvio), isto é algo inevitável. Os tombos nos ensinam. Chegar ao final de uma trilha onde não há nada faz parte da evolução, apesar de parecer fracasso. Macaco velho não mete a mão em cumbuca.

Uma das boas questões da atualidade no ambiente corporativo é a necessária (do meu ponto de vista) mistura entre gerações, vindo os jovens com sua energia totalmente em alta e as novas tecnologias, maior flexibilidade no pensar e os mais experientes, tendo a agregar a experiência dos tombos, cicatrizes e situações pelas quais já passaram, além de conhecimento atualizado, naturalmente.

Se o início de algo é desafiador, porque temos uma folha de papel em branco a preencher, ele pode ser desanimador se logo nos primeiros passos tombamos, esbarramos com a cara na porta, enfrentamos grandes dificuldades. O foco necessariamente deve ser no desafio, na construção de uma obra nova e inédita ou até na construção de algo que já existe, mas que faz diferença para a sociedade, para a vida dos empreendedores, para o micro ou macrocosmo em que estão inseridos.

Aproveitemos esta maré de inícios para enxergar uma oportunidade para o nosso início (ou reinício), desafiador, mas empolgante, colaborativo e com significado, inédito ou não, socialmente responsável, estimulante como norte da vida. Isto tudo é vida! Saibamos vivê-la!

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