Me incluo nessa gentalha toda aí, e sabe que eu gosto? É tão legal quando conseguimos enxergar as nossas reais qualidades e as de outras pessoas também. É tipo imã, entende? Pessoas com algum tipo de afinidade acabam cruzando o caminho e quando vê... puf! Essas pessoas se acham, se encontram, se dão bem. Confiam um no outro de graça, misturam as ideias, as tarefas e as responsas. Tudo flui quase que naturalmente, por força do destino, da atração ou por alguma lei da física ou da vida.

Eu sei que o título dessa coluna parecia ser sobre outra coisa, e também é. Precisamos falar mais sobre esse lance de se achar, de ser aparecida, de se garantir. Tive uma chefe que dizia sempre que "não adianta nada a galinha colocar ovo e não cacarejar". A gente não precisa - e não deve - ter vergonha de reconhecer nossos pontos fortes. São eles que nos levam adiante, que nos tornam ambiciosos e que abrem portas e novos caminhos. Assim como precisamos - e devemos - ter a humildade de admitir o que ainda não sabemos, mas que temos disposição para ir atrás.

Lá vem a Grazi de novo falar sobre as características dos profissionais de comunicação. Desculpa aí gente, mas eu realmente acredito que somos privilegiados. Que mostramos às pessoas que as coisas não precisam ser tão frias, tão quadradas, tão sem graça. Eu já ganhei tanto nessa vida com essa facilidade de comunicação, de não ter papas na língua, de não aceitar uma simples resposta como definitiva, de perguntar mesmo, meter a cara. A vida é uma só e se deixarmos de fazer algo por receio, medo ou timidez, o trem passou e a gente não tem mais como seguir aquele caminho. Isso acontece quando a comunicação transcende somente o ofício de comunicar e te faz ir além, criar mais e tornar cada desafio uma nova e feliz caminhada.