Rodízio

Como a ave que volta ao ninho antigo… Luiz Guimarães 2014 foi o ano no qual fui apresentado a doenças cruéis com passeios de …

Como a ave que volta ao ninho antigo?

Luiz Guimarães
2014 foi o ano no qual fui apresentado a doenças cruéis com passeios de ambulância e visitas hospitalares.
Descobri o motivo de depressão levar tanta gente ao suicídio. Um amigo, já liberado do mal, decretou: é doença pra macho, Mario. Com duas filhas, não precisava de uma prova tão contundente para registrar minha condição de macho. Tive que recorrer a uma psiquiatra e depois de meses de experiências farmacológicas voltei à precária razão que me mantém.
Estava saboreando uns tempinhos de sanidade quando, em casa, tropecei num tapete e quebrei o fêmur. Carregado em cadeira para a ambulância, baixei hospital, uma cirurgia implantou-me uma prótese, voltei para casa, dias depois, numa ambulância, e comecei o aprendizado de andar: andador; muletas e bengalas. Hoje ainda uso uma bengala para subir e descer degraus e - mais um pouco - me libero total.
Só que em meio ao aprendizado para andar, fui atacado por uma pneumonia e enfrentei 17 dias de hospital.
Atualmente, busco o vigor perdido com quatro sessões semanais de fisioterapia e para não perder contato com o mundo, estou voltando à Coletiva. Ainda que velhice não tenha convalescença, espero cumprir a meta.

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Nos primeiros dias deste ano, ao ver anunciado um ministério parecido a uma praga, mandei um e-mail a alguns amigos: Aldo Rebelo no Ministério da Ciência é um deboche.
Inté.

Autor
Mario de Almeida é jornalista, publicitário e escritor.

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