Prefiro não ser simpática

Calma, não é bem isso que o título sugere, mas se tiver que escolher entre simpatia e empatia, fico com a segunda opção. Segundo …

Calma, não é bem isso que o título sugere, mas se tiver que escolher entre simpatia e empatia, fico com a segunda opção. Segundo uma jornalista amiga minha, esta é a palavra da moda e a encontramos em diferentes contextos, abordagens e temas. Li um texto dia desses que falava sobre o porquê a famosa empatia é uma boa ferramenta de comunicação, ressaltando a importância das relações humanas frente a esse mundo tecnológico.
Eu resolvi escrever sobre a necessidade de empatia para um profissional de comunicação, principalmente com os seus assessorados, sem citar os amigos dos veículos. Empatia me remete muito à verdade, à confiança e às emoções. Vejo como um desprendimento de pré-conceitos, o se colocar no lugar do outro, transformando mesmo a maneira como nos relacionamos. É difícil definir o verdadeiro significado dessa palavra, frente a tantos que consigo relacionar. É diferente de ser simpático, quando falamos apenas aquilo que a outra pessoa deseja ouvir e destacamos o lado bom das coisas. Tudo isso não significa que precisamos concordar com a opinião do outro, mas que temos disposição em escutá-las sob a sua perspectiva.
Lembro como se fosse ontem de um assessorado que tive o prazer de trabalhar e que se tornou e continua sendo um grande amigo até hoje. Ele vibrava quando lia minhas sugestões de artigos e precisava somente assinar. Eu sabia o que ele pensava, suas crenças, sua missão naquela posição e do quanto ele valorizava a comunicação social. Mas ele também ficava super à vontade para sugerir melhorias, para descontruir um pensamento e erguer um ainda melhor.
Tudo fica mais fácil quando é assim, o resultado é muito mais assertivo, a pauta flui melhor e o trabalho vira um prazer. Aí, tem o famoso brilho no olho, aquilo que deixa a mente da gente inquieta e gera uma satisfação ao fazer o que se gosta. Isso sem contar a cumplicidade que é criada, o sentimento bom que fica e a garantia que seu trabalho é reconhecido e, acima de tudo, respeitado.
Assim que tem que ser. Na aceitação de um job, antes de assinar o contrato, na primeira conversa. Na entrevista do emprego "valendo" e até mesmo nas conversas informais de trabalho. Ser um bom assessor antecede o conhecimento, o relacionamento com os veículos e a criatividade. É preciso sinergia, conexão, confiança e, claro, a estrela do momento: empatia.

Autor
Grazielle Corrêa de Araujo é formada em Jornalismo, pela Unisinos, tem MBA em Comunicação Eleitoral e Marketing Político, na Estácio de Sá, pós-graduação em Marketing de Serviços, pela ESPM, e MBA em Propaganda, Marketing e Comunicação Integrada, pela Cândido Mendes. Atualmente orienta a comunicação da bancada municipal do Novo na Câmara dos Vereadores, assessorando os vereadores Felipe Camozzato e Mari Pimentel, além de atuar na redação da Casa. Também responde pela Comunicação Social da Sociedade de Cardiologia do RS (Socergs) e da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV). Nos últimos dois anos, esteve à frente da Comunicação Social na Casa Civil do Rio Grande do Sul. Tem o site www.graziaraujo.com

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