Jornalista faz vaquinha online para não perder apartamento

Ieda Risco, que atuava na Rádio Guaíba, está desempregada

Ieda Risco - Arquivo pessoal

A jornalista Ieda Risco, que atuava como apresentadora da Rádio Guaíba, criou uma vaquinha online com o objetivo de conseguir quitar as suas dívidas condominiais e de financiamento imobiliário e, assim, não perder o apartamento que mora. A profissional pretende, com a iniciativa, conseguir a quantia de R$ 20 mil, para que possa manter a moradia.

Em conversa com Coletiva.net, a jornalista destacou que, desde que saiu da Guaíba, em 2015, atuou como psicanalista - sua outra formação -, mas que o número de pacientes não era suficiente para conseguir se manter. Ela, então, entre freelas de Jornalismo, atuou como motorista de aplicativo (atividade que foi interrompida, pois teve que devolver o carro, que era emprestado) e catsitter - babá de gatos.

"O mercado está muito ruim. Jornalistas, depois de uma certa idade, não conseguem mais recolocação. E, assim, chegamos nesta situação lamentável", contou. A profissional revelou que renegociou as dívidas relacionadas ao apartamento, mas que não conseguiu mais pagá-las desde fevereiro deste ano, pois perdeu um trabalho que fazia como assessora parlamentar. Então, no começo de julho, a Caixa Econômica Federal anunciou que executará o contrato e retomará o imóvel. "Preciso estancar essa sangria", explicou.

Ieda informou que, atualmente, amigos estão a ajudando com comida, mas luz e internet, que são necessários para a realização dos freelas, ela já não está conseguindo manter em dia. O financiamento coletivo, segundo a jornalista, foi uma sugestão do colega João Garcia e o tempo para contribuir - até 12 de setembro - se deve ao prazo de retomada do apartamento. "Não tenho para onde ir e, por enquanto, nem como me sustentar", explicou.

Atualmente, a jornalista faz comentários na Rádio Cidade, de Camaquã, mas sem remuneração. De acordo com ela, há a oportunidade de um trabalho para o final de agosto, que poderá ajudá-la. "Hoje em dia, ninguém tem dinheiro para ajudar, mas, pelo menos, estou recebendo apoio de vários lados. Inclusive, pessoas que estão levando o meu currículo adiante", destaca.

A profissional, para exemplificar a situação do mercado, revela que outras duas jornalistas, Carol Borne e a mãe, Léa Aragon, também estão desempregadas e precisando de ajuda. A dupla também está realizando um financiamento coletivo.

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