"É realmente desesperador", afirma Felipe Vieira no RS para cobertura de enchentes

Profissional retornou ao Estado na quinta-feira e realiza entradas ao vivo em todos telejornais da Band

Felipe Vieira é gaúcho e âncora do 'Jornal da Noite' da Band São Paulo - Crédito: Reprodução

O jornalista gaúcho Felipe Vieira, da Band de São Paulo, retornou ao Rio Grande do Sul para cobrir a situação das enchentes que atingem o Estado. O profissional está desde quinta-feira, 2, em Porto Alegre, de onde entra ao vivo em todos os telejornais da emissora e atualiza as informações sobre a catástrofe climática.

Em conversa com a equipe de reportagem de Coletiva.net, o comunicador contou que quando foi percebido o agravamento da situação do Rio Grande do Sul, alguns repórteres do Grupo Bandeirantes foram enviados ao Estado e que ele e a jornalista Ciça Kramer pediram para vir junto à comitiva. "Cheguei aqui na quinta-feira. Viajei em voo comercial assim que percebemos a gravidade da situação", disse.

O jornalista está ancorando o 'Jornal da Noite' da Band, diretamente de Porto Alegre desde quinta-feira, sendo a primeira transmissão realizada na sede da Defesa Civil do Estado. Na sexta-feira, 3, apresentou do Centro Integrado de Comando da Capital, no sábado, 4, foi do Palácio Piratini, e desde de domingo, 5, no 3º Regimento de Cavalaria do Exército, onde está montado o Centro de Operações do Comando Militar do Sul. "Nesta terça-feira, foi na Base Aérea de Canoas, que é o maior centro de operações militar do Sul, para pousos e decolagens de helicópteros para partidas de resgates", adiantou. 

Conforme Felipe, está sendo "muito duro" trabalhar, mesmo com a experiência profissional de 44 anos de coberturas do tipo. "É muito triste, pois duas regiões onde eu morei, o bairro Menino Deus, e a Zona Sul, vi alagados, meus antigos vizinhos nessa situação, às vezes bate uma sensação diferente", lamentou emocionado.

Felipe contou que são várias as dificuldades que a equipe enfrenta, como os deslocamentos, além de dificuldades com a transmissão, pois a rede de telefonia e a internet foram atingidas. "Essas são as nossas adversidades, mas não é nada perto do que essas pessoas estão passando. Acabamos usando dois dias a mesma roupa, mas azar, as vítimas perderam tudo, e é muito complicado, para nós é temporário, para eles é a vida deles."

O jornalista contou que como cobre enchentes há 44 anos, desde Butiá, com cheias nos arroios e pequenos rios que circundam a cidade, como o Jacuí, já sabia o que poderia acontecer, quando começou a ver na quarta-feira, 1, tudo o que estava acontecendo percebeu o que podia vir. "Quando cheguei na quinta-feira de noite em Porto Alegre, vi a região das ilhas já sendo alagadas, logo depois veio a destruição das cidades e a forma como elas estão, Porto Alegre, Canoas e outros municípios. É realmente desesperador", afirmou. 

Para Felipe, o "pior" ainda está por vir e teme com que ainda pode acontecer em função do mau tempo no Rio Grande do Sul. "Essa situação me deixa muito preocupado. A gente ainda não está no pior cenário, se é que os meteorologistas e os hidrólogos estão certos, vai piorar", disse.

Felipe contou que está produzindo material para todos os jornais da Band, tanto para o sinal aberto, quanto para a BandNews TV. "Segunda-feira, 5, estreei o programa 'Bandeirantes Acontece' na rádio transmitindo toda a situação da tragédia no Rio Grande do Sul." 


Em decorrência da tragédia que atinge o Estado, considerada a maior da história do Rio Grande do Sul, Coletiva.net optou por mudar, provisoriamente, seu olhar editorial. Por tempo indeterminado, o noticiário do portal se focará em dar luz aos acontecimentos relacionados às chuvas e enchentes no mundo da Comunicação. Além disso, destacará a editoria Panorama como uma fonte de serviços. Vale ressaltar que nossos canais estão abertos a todas empresas de nosso ecossistema e comunicadores que queiram noticiar suas iniciativas em prol da população afetada. Informações excepcionais, não relacionadas ao episódio climático, também serão contempladas.

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