Evolução de mindset

Por Jaqueline Sosinho, para Coletiva.net

Rever e desafiar nosso mindset não é mais uma questão de inovação ou disrupção. Não é mais ser visionário ou arrojado. É uma questão de sobrevivência. Estamos inseridos em um mundo no qual absolutamente tudo está sendo revisto e repensado. Estamos desconstruindo para reconstruir, novamente. Pode-se falar no gerúndio mesmo: desconstruindo e reconstruindo.

É preciso aceitar que existem comportamentos que não servem mais. E não é mais uma questão de escolha. Quem descobre isso, sai na frente? Não. Quem aceita logo e começa a agir tem menos chance de morrer (falando aqui das empresas, dos seus donos).

Foquemos naqueles que têm um compromisso econômico com o País: os empresários. Para quem o desafio é ainda maior, pois têm responsabilidades pessoais e sociais. Porém, não dá mais para termos falas apocalípticas. É preciso ir para a ação. Para o como. Ajudar estes agentes na tomada, rápida de decisão. Pois tempo, não temos mais.

Chegamos ao ponto máximo da sensibilização, que começa a gerar medo e angústia e, por consequência, negação e paralização. Algo que pode ser fatal para o negócio.

É preciso evoluir o mindset. Pensar fora caixa. Puxa, como se ouve isso! Mas que caixa? Sabemos o que é a caixa? Primeiro, precisamos definir isso. Precisamos, também, aceitar alguns fatos: Que não sei, tanto quanto sei; Que o medo da mudança é legítimo e precisa ser enfrentado. E que o nome disso é coragem.

É preciso aceitar a possibilidade e abandonar o que sempre foi feito (e deu certo por muito tempo), pois estes podem ser aqueles modelos que foram competitivos e distintivos e que agora são restritivos. Ou seja, deixar o que sei e conheço para "entrar" no que ainda não sei e não domino.

Abandonar convicções também é necessário. E, por fim, o mais importante é saber que não está sozinho. Nem no problema (pois estamos todos neste mesmo "barco"), nem na solução. É preciso saber que é preciso ter ajuda ou é preciso aceitar que precisa de ajuda.

Entender que a solução está no grupo e é uma construção, um processo. Construindo o que ainda não existe, não está pronto e está longe de ficar. Não temos a obrigação de acertar de primeira. Vamos fazendo testagens. Tecnologia e ferramentas não faltam.

Não é abandonar tudo. É rever. É seguir com a base, entendendo o que precisa mudar, mas, principalmente, o que fica: a base o DNA. E o limite destas duas dimensões? Rever modelos de negócio. A mudança é de dentro para fora, mas é preciso ter subsídio. Entender o mercado no qual está inserido.

Jaqueline Sosinho é diretora Comercial na empresa Confluência.

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