Nascemos. Choramos mostrando que estamos vivos. Buscando atenção. Mais tarde, o choro serve para se comunicar. Preservar a evolução, se alimentar, receber um bom banho e dormir. Quando começamos a caminhar, as tarefas já parecem mais difíceis e começam as quedas. Voltamos a chorar, querendo cuidado. Experiências acontecem das mais variadas formas. Jogamos a comida no chão, a colher, até o prato. Esperamos uma reação. Pesquisamos o quanto podemos avançar com quem cuida de nós. E já aprendemos também a agradar. Aquele sorriso, um carinho no rosto.

E como quando bebês, seguimos nesse ritmo de evolução. Infelizmente muitos ficam pelo caminho. Por erros graves demais, quebram. Interrompem um ciclo de vida. Outros ficam iguais, não avançam, mas se sentem satisfeitos onde chegaram. 

Mas a grande maioria quer mais. Nesse mundo atual em que podemos saber de quase tudo, fica difícil continuar na apatia de uma vida tranquila, sem desejos. Desejar é algo que também convivemos durante todo esse processo. Mas sabemos que nossos desejos dependem de fatores muitas vezes complicados de alcançar.

É preciso lutar. Estar disposto a aprender, compartilhar, servir e retribuir. Seguir os passos de quem já acertou.

Somos marketing: Que comparação mundana. Mas em que mundo vivemos?

Somos marketing: Nos vendemos na triste realidade de uma felicidade sempre a ser alcançada.

Somos marketing: Queremos mais, avaliamos e seguimos.

Somos marketing: Analisamos o nosso meio, traçamos caminhos.

Somos marketing: Um dia morreremos. E nossa vitória ficará. Ou geramos valor, ou perdemos.

Vivemos. Viva o marketing!

Tiago Dimer é jornalista, superintende de Comunicação da Assembleia Legislativa