O filho, ops... o livro, nasceu!

Por Gilberto Jasper, para Coletiva.net

Nesta quinta-feira (21/11) no Chalé da Praça XV, no Centro Histórico de Porto Alegre, a partir das 18h30min, lançarei meu primeiro livro. "O Tempo é o Senhor da Razão e Outras Crônicas" é uma coletânea de 120 crônicas publicadas semanalmente em diversos jornais do Interior e colaborações em veículos de Porto Alegre, blogs e sites. São trabalhos sem remuneração porque é um resgate de episódios do cotidiano, causos de repórter de rádio e jornal e passagens pitorescas como assessor e de piá nascido no interior.

Fazer um livro sempre pareceu uma tarefa impossível. Foram dois anos do primeiro impulso até a entrega na gráfica. Desorganizado como muitos jornalistas, os textos estavam dispersos, sem qualquer organização ou arquivo pessoal. Graças à internet e ao talento da amiga Rosane Frigeri foi possível 'tarrafear' mais de 500 crônicas.

Tudo ficou num pen drive guardado com zelo numa gaveta ao lado da cama. Todos os dias, ao acordar, olhava para aquele minúsculo objeto vermelho e deixava para depois. Até o dia em que o amigo de longa data, o famoso "Vovô 69", Flávio Dutra, pegou meu filho Henrique Jasper (um colega de profissão) pelo braço em plena Rua da Praia, arrastou o piá para o café À Brasileira e disparou:

"Convence este véio para escrever um livro. Ele tem muitas histórias, que nem são grande coisa. Mas se ele 'bater as botas' tu, a tua irmã e a Cármen poderão ganhar um dinheirinho com os direitos autorais", afirmou.

A pressão só aumentou, reforçada pela filha Laura, os amigos Arthur Veiga, Mateus Raugust e Bruno Bertuzzi entre outros. O Ari Teixeira há décadas me pressiona com aquele jeitinho de pastor de Igreja Universal. E assim foi feito. A Lu Thomé, uma lajeadense "cabeçona" e alto astral, transformou o amontoado de textos em algo legível. O Vitor Rolin e a mulher dele, Andrea, da editora Pubblicato tiveram paciência de Jó para domar a minha ansiedade geminiana. 

Amanhã, no Chalé, será dia de reencontrar amigos e antigos colegas de várias missões. O livro é a cereja do bolo. Afinal, conviver com pessoas é meu combustível. Obrigado a todos que contribuíram, em especial a dona Cármen Nunes Jasper. Ela segurou a barra lá em casa. Descascou "abacaxis" e administrou "pepinos" enquanto percorri o RS como repórter e assessor de imprensa. O "filho", aliás, o livro, finalmente nasceu. Tomara que cresça e seja o orgulho do "pai".

Gilberto Jasper é jornalista.

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