Por que 'seguir' o Judiciário?

Por Antonio Vinicius Amaro da Silveira, para Coletiva.net

Antonio Vinicius Amaro da Silveira - Arquivo pessoal

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) já conta com mais de 320 mil seguidores nas redes sociais. O feito seria pouco relevante se comparado a determinados perfis de entretenimento, celebridades ou até de fake news. Por se tratar de um Poder Público, especialmente o Judiciário, o senso comum poderia conduzir ao desinteresse em razão do estigma punitivo. Então, como gerar disposição nas pessoas para nos 'seguirem'? O desafio foi usar as mídias sociais digitais para evidenciar o quanto trabalhamos para ajudá-las a resolver seus conflitos, para promover a paz social e para defender o Estado Democrático de Direito.

Nossa estratégia de comunicação foi a mais básica e coerente com os 150 anos de história do TJRS: promover a transparência dos atos, um dos princípios basilares do setor público. Oferecemos conteúdos que representam o dia a dia do Judiciário gaúcho. Decisões que impactam a população, informações de utilidade pública, acesso facilitado a serviços, educação sobre as funções da Justiça e até mesmo nossas expressões culturais. Tudo isso, com uma linguagem simples, dando adeus ao juridiquês, mas sempre mantendo a ética e a seriedade no trato de todos os temas.

Vivemos em um mundo conectado e precisamos interagir na velocidade com que as demandas se apresentam. A transmissão ao vivo e a cobertura multiplataforma de um júri de grande repercussão, por exemplo, é uma oportunidade de promover transparência, informação e educação. Tornar públicas nossas ações solidárias aos cidadãos, muitas delas em parceria com os demais Poderes e instituições autônomas, como campanhas contra a fome, defesa das pessoas em vulnerabilidade, repasse orçamentário na área da saúde pública, entre outras, tem sido de grande valia, inclusive no combate preventivo ao fenômeno da judicialização.

Comunicar com clareza e precisão é um compromisso na nossa gestão. De maneira proativa, nos posicionamos no cenário da Justiça 4.0 com metas arrojadas de eficiência diante da evolução tecnológica, mas sempre priorizando o ser humano. As redes, antes mesmo de "digitais", são "sociais". É o Judiciário sempre #juntocontigo.

Antonio Vinicius Amaro da Silveira é segundo vice-presidente do TJRS e presidente do Conselho de Comunicação Social.

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