Pontualmente às 20h, subiu ao palco a estrela da primeira noite do BS Festival 2019: Karol Conka. Falando sobre diversidade e empoderamento feminino, a cantora começou sua explanação da mesma forma com a qual costuma atuar: lacrando. Questionada sobre uma publicação amorosa que ela realizou recentemente - a artista tem sido criticada por namorar um homem branco e ser defensora das causas negras -, foi bem direta: ?Não dependo do achismo alheio para seguir minha vida particular?.
Em seguida, Karol comentou sobre o atual cenário da Arte no Brasil, citando que neste momento o País percorre um caminho que lhe dá medo. ?Estamos vivendo um período de censura na Arte. Entretanto, acho que as pessoas que têm disposição conseguirão mudar isso?, disse ela.
O ator global Thiago Lacerda interagiu com a palestra, encaminhando para Karol uma pergunta direto da Serra gaúcha, onde participará do Festival de Cinema de Gramado: ?De que forma os artistas podem abordar a diversidade, não sendo apenas por discursos??, questionou. Ela o respondeu salientando que um dos papeis das suas músicas é levar informação ao público receptor. ?Quando a gente usa a Arte para informar, já estamos ganhando 10 pontos. Eu trabalho sempre a autoestima. Vai ouvir minha música? Vai sair melhor?, garantiu.
Karol teve a companhia de Grazi Mendes, head of people na ThoughtWorks Brasil. Questionada sobre o futuro do Brasil, ela foi enfática: "Enquanto vivermos em um País onde matam mulheres, negros e probres, ou seja, pessoas em vulnerabilidade social, nem há o que dizer sobre os próximos anos". Quem mediou a dupla foi o jornalista Gabriel Moojen.
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Grazi Mendes, Grabriel Moojen e Karol Conka | Crédito: Marginal Club - Marlon Erthal