Motivação, adversidade e colaboração

Por Flavio Paiva

A proliferação de palestras-show-motivacionais que existe há alguns anos (e aumenta) só pode ser explicada por uma razão, talvez duas:

1) As pessoas andam mais deprimidas, precisando de estímulo intenso e constante;

2) A realidade está mais "pegada", o que pode ser a explicação do motivo.

Porque são cada vez mais espetaculares estas palestras. E, ao que tudo indica, cada vez mais necessárias. Diante de uma realidade competitiva dura, manter-se motivado não é tarefa fácil para todos. Assim, o líder procura apoiar seus colaboradores, injetando-lhes doses de adrenalina e de otimismo.

Certo está que nestas palestras acaba por ser passada uma mensagem de que absolutamente tudo é possível e atingível, o que vamos combinar, não é verdade. O andamento e produção destes eventos são para que, ao final, o público esteja com a faca nos dentes e sangue no olho. O grande problema que encontro neste formato que foi se consagrando é que esta adrenalina toda até pode funcionar, mas por dias, talvez uma semana. Depois, se não tivermos a realidade confirmando a teoria da palestra, a tendência dos colaboradores é desânimo. E arrisco a dizer que o desânimo pode ser ainda maior do que o inicial, visto que esta injeção de adrenalina faz com que os indivíduos se sintam verdadeiros Super Homens e Super Mulheres. Quando se dão conta, seja porque não atingiram determinado objetivo, seja porque o ambiente de trabalho permanece o mesmo (desmotivador), é esperado que a chateação seja maior.

Porém, o cenário parece estar mudando. A partir de um ambiente empurrado pelas novas gerações, mais colaborativo, compartilhado, ao invés de tão competitivo, a mudança do estado anímico e de resultados das pessoas e organizações pode estar sofrendo uma grande e positiva alteração. Novamente, criam-se comunidades colaborativas de indivíduos com um objetivo em comum (que envolve o êxito, naturalmente). Mas, fundamentalmente, a mentalidade está mudando. Ao contrário de muitos teóricos, considero prematuro afirmarmos com todas as letras que será este o novo modus operandi do ambiente corporativo. É muito cedo. Precisamos de mais tempo, apesar de, atualmente, acharmos que tudo está à distância de um clique e que, portanto, as próprias mudanças ocorrem em uma velocidade quase instantânea.

Já falei aqui que há mudanças que vêm e são inescapáveis, de modelos de negócios, de inovação, de mudança de hábitos, disruptura. Elas acontecem e em pouco tempo sequer lembramos de que vivemos de outra forma, consumimos outras coisas, nos comportamos de tal maneira.

Porém, neste ambiente novo que está se configurando (repito: sei que há muitos teóricos que entendem que a mudança já aconteceu e não há espaço para a volta ao modelo anterior), há que aguardar e observar atentamente. São muitas variáveis em jogo em determinados segmentos e processos. Vamos com calma (nisto, mas rápido na implantação do novo), acompanhemos de perto e - voltando ao início da minha coluna - observemos como se sentem os indivíduos. As mudanças devem ser positivas, tanto para as organizações quanto para as pessoas. Obviamente que sei que estas duas coisas andam dissociadas em vários e vários momentos e até períodos. Mas não percamos de vista a razão pela qual acordamos, levantamos e vamos à luta: fazer uma vida melhor.

As coisas realmente estão mudando, e a uma velocidade estonteante. Porém, há aquela parcela do humano que ou não muda ou muda muito lentamente. Então, se temos avanços gigantescos em tecnologia, não podemos esquecer-nos do ser e do sentir humano. O desafio é conciliarmos ambas as coisas. Este deve ser o objetivo fundamental de líderes e de colaboradores no século XXI.

La Mafia - Programa de Fidelidade

O La Mafia, em sintonia com seu tempo e sempre com os olhos à frente, extingue o cartão fidelidade, para que o cliente não mais precise carregar o cartão de papel cheio de carimbos. Agora, é um programa digital de pontos (como os programas de milhagens de cias aéreas). A cada R$1 gasto em serviços no La Mafia, o sistema acumula um ponto para o cliente. Os pontos podem ser trocados não apenas por serviços, mas também por produtos cosméticos e acessórios licenciados La Mafia. Os pontos são válidos por um ano e o cliente não perde os pontos que já possui. Mais uma inovação que só quem está sempre olhando para o futuro e atento ao cliente pode fazer.

Comentários