A amizade é um amor que nunca morre
Por Márcia Martins

No domingo, 20 de julho, é comemorado o Dia Internacional da Amizade. E eu posso me considerar uma pessoa extremamente feliz porque colecionei, ao longo da minha existência, uma lista enxuta, mas poderosa, dos amigos e amigas mais especiais da terra. Vejam bem: conhecidos são conhecidos, vizinhos são vizinhos e colegas são colegas. E faço sempre questão de distinguir tais categorias. Porque os amigos e as amigas são seres diferentes, que não se enquadram nas divisões acima, e que encontram sempre disposição para ouvir, acolher, amparar e, principalmente, dizer aquilo que precisamos escutar.
Tenho amigos que nunca dizem não a um pedido meu de socorro. Não importa a hora, se é cedo ou tarde, nem a temperatura, se é frio ou calor, se chove ou tem sol. Ao serem acionados, eles não medem esforços para me atender. Tenho amigas que sabem de todas as minhas dores de amores, entendem qualquer sofrimento e aceitam realizar em conjunto qualquer ideia maluca minha. Mesmo que seja uma doidice como colar figurinhas do álbum "Amar é" no carro de um apaixonado no estacionamento da faculdade. E nem se incomodaram de percorrer corredores e corredores para encontrar o carro.
Sempre presentes, na alegria e na tristeza, meus amigos e amigas ocupam lugar de destaque na minha rotina. Eu guardo todos debaixo de sete chaves, dentro do coração, no lado esquerdo do peito, porque conheço o valor inestimável que a amizade representa na minha vida. Lembro de cada um e de cada uma nos momentos mais significativos dos meus dias. Da expressão de partilhar comigo as mais diferentes ocasiões. Como na minha formatura, na comemoração ao conseguir o primeiro emprego, no nascimento da minha filha, nos porres homéricos da juventude, nas festas embaladas da adolescência.
Foram companheiros na saúde e na doença. Quando fiquei sabendo que tinha uma doença crônica autoimune, recorri a uma amiga para chorar as mágoas. E ela não me faltou. Quando passei a noite no cemitério numa noite fria velando a minha mãe, estive cercada das melhores amigas. E quando tenho alguma notícia boa referente aos meus tratamentos de saúde, logo converso com alguma amiga na urgência do celular. Em todos os momentos, sejam bons ou ruins, posso contar com a presença dos amigos e das amigas.
Como já sentenciou o poeta Mario Quintana, a amizade é um amor que nunca morre. E sou muito sortuda de estar cercada de amores eternos, que eu sigo alimentando com respeito, compreensão e gentileza. E eles me alimentam também nas mesmas doses necessárias para manter acesa a chama do amor/amizade.
Por isso, com antecipação, festejo na coluna de hoje, o Dia Internacional da Amizade, agradecendo os amigos e as amigas que tornam meu cotidiano mais animado, minhas dores menos sofridas e minhas alegrias mais repartidas. Obrigada por vocês existirem.