Aberta oficialmente a temporada dos presentes de Natal

Por Márcia Martins

Nesta quarta-feira, 28 de novembro, por livre e espontânea vontade, sob minha total responsabilidade e arcando com o ônus de tal decisão, determinei que está aberta oficialmente a temporada dos presentes de Natal. Então, se você nutre algum afeto pela minha pessoa, se desenvolve algum carinho pela singela colunista, se experimenta, nem que seja uma tímida simpatia pela Marcinha (é meu apelido entre os mais íntimos), já pode providenciar um mimo, uma lembrança, um pacote para deixar embaixo da minha árvore de Natal, um presente escondido num lindo e atraente embrulho. Sim, antecipo que sou merecedora de ganhar muitos e muitos presentes. Simplesmente porque fui uma boa menina, me comportei direitinho e, principalmente, fui coerente nas minhas escolhas.

Considero menos de um mês um tempo hábil para que sejam providenciados alguns itens da lista que irei antecipar, com exclusividade, aqui na coluna publicada neste portal. É um período suficiente para pesquisar preços, pechinchar, parcelar, caso deseje me brindar com um souvenir de valor mais elevado. Uma vez comprado o presentinho, não é necessário aguardar o show de final de ano do Roberto Carlos, nem os primeiros acordes da Simone cantando 'Então é Natal' e nem a propaganda do Zaffari aparecer na televisão para me entregar tais lembranças. É só deixar um whats, um e-mail, um recado no messenger ou usar o celular para marcar um encontro, um happy qualquer a fim de me presentear. Prometo abrir um espaço na minha agenda e facilitar os horários. Sou muito 'facinha', ainda mais em se tratando de ser mimada e paparicada.

Desde já, antecipo que depositar os presentes embaixo da árvore de Natal da minha casa é missão quase impossível. Com os pulos e guinadas do endiabrado cusco, cão da peste, vira-lata dos infernos que atende pelo nome de Quincas Fernando Martins e habita a minha humilde residência desde 4 de fevereiro, optei em não ornar muito o apartamento com enfeites natalinos. Talvez, só para dar um clima mais apropriado, espalhe alguns penduricalhos de Natal em locais nos quais Quincas não consiga chegar. Talvez estender uma guirlanda na porta de entrada. Logo, a tal árvore, linda, repleta de bolas em tons dourados, com aquelas luzinhas que piscam e com seus galhos rodeados pelas fitas, não existirá aqui em casa.

Mas a ausência de uma árvore não será motivo para uma escassez de presentes. Não me venham com desculpas. Não quero argumentos esfarrapados. Dizer que a culpa é da crise, nem pensar. Sejam mais atrevidos (as), arrojados (as). Ousem. Usem a criatividade. Ou melhor, o cartão de crédito. Quem sabe uma parte substancial de 13° salário (enquanto ele ainda não é alvo da equipe desastrada do presidente eleito). Não é? Tudo pode se transformar em 2019 com os mandos e desmandos do Jair Bolsonaro e seus ministros notáveis (por favor, contém ironia). Aliás, agendas podem ser ótimas opções de presentes. Mais de uma. Adoro escrever. Tenho agendas para vida pessoal, profissional (sem atividade, no momento), sindical, militante, financeira (debilitada).

Livros serão aceitos. Principalmente biografias. Os editados pela Libretos me interessam sempre. As obras da Diadorim, do Flavio e da Denise também. E como, neste ano, apenas perambulei pela 64ª Feira do Livro e evitei compras para não abalar mais o orçamento, qualquer título presenteado me fará feliz. Músicas figuram entre os itens preferidos. Aceito CDs ou DVDs. Pode ser do Chico Buarque que eu amo. Se for repetido, troco na loja. Da Elis Regina e Maria Rita é arriscado. Receio ter tudo. Luis Melodia eu gosto. Legião Urbana me emociona. Cássia Eller. Cazuza. Sim, eu escuto vozes de mortos. Perfumes eu gosto muito, mas muito mesmo do Flower da Kenzo, Blue feminino da Dolce & Gabbana ou Oui da Lancome. Todos eles podem ser adquiridos em suaves prestações.

Sou totalmente apaixonada por fotografias. Então, ficarei encantada com mimos como porta-retratos de todos os tamanhos. Bruxinhas, duendes, anjinhos e outros produtos da linha esotérica. Se estiver com boas intenções e realmente sem muita grana, pode comprar incensos. Costumo perfumar a casa e o corredor com cheiros variados. Alguma bijuteria, mas daí precisa ter uma certa intimidade para saber bem o meu gosto. Se faltar ideia, é só chamar, que forneço sugestões. Não me importo nadinha de ser consultada. Vamos lá. Faça uma colunista feliz.

Autor
Márcia Fernanda Peçanha Martins é jornalista, formada pela Escola de Comunicação, Artes e Design (Famecos) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), militante de movimentos sociais e feminista. Trabalhou no Jornal do Comércio, onde iniciou sua carreira profissional, e teve passagens por Zero Hora, Correio do Povo, na reportagem das editorias de Economia e Geral, e em assessorias de Comunicação Social empresariais e governamentais. Escritora, com poesias publicadas em diversas antologias, ex-diretora do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindjors) e presidenta do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Porto Alegre (COMDIM/POA) na gestão 2019/2021. E-mail para contato: [email protected]

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