Ah, a música!

Por Cris De Luca

Não sei vocês, mas sempre fui muito influenciada pelos sons que me cercam. Seja o barulho da rua, o fuzuê de um escritório ou de uma sala de aula, o vizinho fazendo obra enquanto se tenta trabalhar em casa. Tudo isso mexe diretamente comigo e em alguns momentos só um fone de ouvido salvador faz tudo ficar melhor. Sempre tive lembranças fortes com a música, acho que é porque fico mais concentrada com alguma melodia. Minha mãe ficava furiosa comigo quando era pequena ou pré-adolescente porque sempre estudei ou ia dormir com o rádio ligado.

Quando comecei a trabalhar com comunicação sempre tentei estar envolvida de alguma forma com música. Por mais que minha atividade principal não estivesse ligada a ela, acabava fazendo um freela ou um job qualquer que me mantivesse conectada. Foi assim que fui ser hostess e fazer assessoria de festas de música eletrônica. Foi assim também que acabei namorando DJ (mas essa é uma outra história). Foi assim que fui trabalhar com produtoras de shows nacionais e internacionais. Foi assim que fiz muitos amigos por aí.

Por alguns anos, quando trabalhava no Atelier523, fazíamos a assessoria de algumas empresas de entretenimento e que, por sequência, me fazia estar presente  em shows que passavam por Porto Alegre. De Paul a Roger Waters. De Roberto Carlos a Chitãozinho e Xororó. De Ozzy a Jorge Ben. Em alguns momentos eram tensos, mas depois da terceira música, quando a gente liberava fotógrafos e cinegrafistas, era só diversão.

Mesmo parando de trabalhar diretamente com isso, ir em shows ou em festas sempre foi uma forma de liberar energia e me recarregar, principalmente, em momentos da vida que eu tinha pouco tempo para descansar. Contraditório, né? Mas sempre foi assim e nunca descobri o porquê. Nem sei se quero na verdade.

Nas últimas semanas, em meio ao turbilhão de coisas acontecendo na vida, me dei alguns momentos para apreciar boa música, boas companhias e muitas risadas. Teve Lenine com a Camerata de Florianópolis na terrinha. Teve Pitty e festa Balonê no mesmo dia. Teve o Meca Festival, em Maquiné, e uma bênção até agora inexplicável de Gal Gosta e Mc Tha. E, neste final de semana, teve Alok na Oktoberfest de Igrejinha.

Sim, uma miscelânea, né? Mas é impossível ser diferente, pelo menos pra mim. Cada ritmo, cada letra, cada melodia, tem um lugar certo para cada momento, para cada sentimento. Se for para concentração é um, se for pra curtição é outro, se for pra curtir uma fossa é um completamente diferente, assim como se for para comemorar algo. Na maioria das vezes, uma música pode mudar completamente o humor, o dia. Faça o teste. Experimente. E, se não funcionar (o que eu duvido), escute uns mantras. Sempre funciona.

Autor
Jornalista, formada pela Universidade Federal de Santa Catarina, especialista em Marketing e mestre em Comunicação - e futura relações-públicas. Possui experiência em assessoria de imprensa, comunicação corporativa, produção de conteúdo e relacionamento. Apaixonada por Marketing de Influência, também integra a diretoria da ABRP RS/SC e é professora visitante na Unisinos e no Senac RS.

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