Astronautas e paraquedistas

No ambiente de negócios e político, eles (ainda) estão aos milhares. São pessoas que não contribuíram em nada no processo produtivo, criativo, inovador e mesmo de por a mão na massa, mas mesmo assim querem "seu lugar ao sol".

Em um mundo cada vez mais cooperativo, com atuações em grupo (e colheita de resultados idem), há que se compreender de vez que estes seres são como ervas daninhas, que poluem o ambiente fértil do coworking.

Na realidade, é uma mentalidade antiga e aproveitadora, de um tempo em que se fazia as coisas de tal forma que deixava espaço a este tipo de oportunistas. E eles se proliferaram e são tantos ainda... Mas, a exemplo de muitas práticas corporativas, estão com os dias contados. Quantos serão esses dias? Difícil precisar, visto que é algo arraigado ao longo de séculos. Mas, felizmente, como muitas mudanças, elas são irreversíveis.

Nada mais irritante do que se deparar com aqueles que pouco ou nada fizeram para o processo, mas querem posar para a foto, assinar o projeto, desenvolver uma fala vazia e vaselinada.

Felizmente, o mundo está mudando cada vez mais, privilegiando quem faz. Quem pensa. Quem sua. Quem se dedica. Ao contrário de sorrisos e palavras estética e eticamente enjoativas. Literalmente, são de dar nojo.

As mudanças, como já disse em várias colunas anteriores, são adaptativas, geram receio (porque tiram da zona de conforto), é preciso capacidade para abandonar velhas práticas e conceitos (talvez esta a parte mais difícil para alguns), mas descortinam um mundo novo, progressista.

Sem estes motores da mudança (que estão em crescimento), a humanidade talvez não tivesse sequer ter inventado a roda. O ser humano é dotado de inteligência para evoluir. E, no século XXI, foi impulsionado para um fazer cooperativo, compartilhado.

Conceitualmente como seres humanos (neste caso não somente na área de trabalho, mas em todas), deparamo-nos com um momento em que ou atuamos coletivamente ou vamos falir (e não apenas financeiramente, mas como espécie).

Chega de paraquedistas (que não sejam os da aeronáutica), astronautas (que não sejam aqueles que exploram o espaço) e assimilados. É indispensável esta mudança. Irreversível. E eticamente impõe-se, descortinando um novo e mais evolutivo mundo, para todos nós.

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