CEO da minha vida

Por Cris De Luca

Há mais ou menos seis meses, no meio de um turbilhão de coisas acontecendo ao mesmo tempo na vida, resolvi retomar um projeto que andava meio esquecido por mim no meio do "dar conta de tudo". O de pensar e cuidar mais de mim, do que eu realmente queria, no que era importante para mim e me intitulei CEO da minha vida. Muita gente achou que eu estava sendo irônica e tal, mas acho que foi uma forma de eu "assumir o comando" e não ficar esperando para que as coisas se resolvessem.

Um, no meu caso, uma Chief Executive Officer, dizem por aí, é responsável pelo sucesso geral de uma organização e possui a "autoridade máxima" para tomar as decisões finais. Ela pode até pedir a opinião de especialistas em cada área para deliberar sobre determinados assuntos, mas o sim ou não final ou o adiar uma decisão, acaba sendo dela. E não é bem isso que a gente faz na nossa vida? Às vezes, está uma confusão enorme, mas se a gente não parar para pensar em soluções para os problemas e reorganizar tudo, ninguém vai fazer pela gente.

Foi pensando nisso que, junto com mais três profissionais, colocamos na rua o Gengibre, um formato novo de gestão da comunicação de organizações e marcas. Um coletivo que possibilita novas formas de trabalho, não só para quem é da equipe fixa, mas também para outros profissionais, empresas e agências. Estamos com alguns clientes por Porto Alegre (em breve, tudo lá no @gengibre.cc), mas, como dissemos que não teríamos CEP, todos participamos de outros projetos, um trabalha fixo em agência, outra faz parte de um projeto municipal na Região Metropolitana, outra faz cobertura de eventos por todos os lados e eu acabo de fechar uma parceria com uma empresa de Santa Catarina.

Mas o que isso tem a ver? É que sendo "dona" da minha vida e encontrando pessoas ao meu redor que confiam em mim e no meu trabalho, posso arriscar mais. Ter encontrado seres de luz (que pra me aguentar só sendo assim mesmo) que pensam como eu, defendem praticamente as mesmas causas e que também não têm muitas amarras e preconceitos, me fez ver que não era de todo mal olhar com carinho para a terra natal e que poderia voltar a me sentir bem por lá, até mesmo indo me "aventurar" no mercado publicitário.

Pode dar errado? Pode. Mas pode dar muito certo também. E arriscar faz parte do jogo. Ou melhor, faz parte do meu novo jogo. Que a BR 101 e a rodoviária de Porto Alegre/Criciúma sejam apenas os primeiros trechos a serem explorados nessa pouca idade do Gengibre. Que venham muitos outros, porque eu, Carol, Mari e Sen estamos prontos!

E você, já parou para ver a vida como se ela fosse uma empresa? É meio louco, né? Juro para vocês que pode dar certo, mas tenham ciência que a nessa organização fazemos quase todas as funções. <3

Autor
Jornalista, formada pela Universidade Federal de Santa Catarina, especialista em Marketing e mestre em Comunicação - e futura relações-públicas. Possui experiência em assessoria de imprensa, comunicação corporativa, produção de conteúdo e relacionamento. Apaixonada por Marketing de Influência, também integra a diretoria da ABRP RS/SC e é professora visitante na Unisinos e no Senac RS.

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