Como foi seu dia sem redes sociais?

Por Anelise Zanoni

Era 12h30 de segunda-feira e eu recém havia saído de uma reunião. Tentei mandar mensagem para uma cliente pelo WhatsApp e nada. Coloquei o celular em modo avião, conferi a conexão da internet e nada de funcionar.

Imediatamente fui atrás de informação e digitei no Google: problema no WhatsApp. Em poucos segundos encontrei uma dezena de matérias que já indicavam o problema que atingia as principais redes sociais do mundo: o aplicativo estava em pane. 

As quase oito horas de paralisação, que levaram junto também Instagram e Facebook, deixaram o mundo em pânico, sem saber o que fazer. Por longas horas muitas pessoas deixaram de ganhar e ficaram baratinadas sem saber como se comunicar (como a gente fazia no passado?)

Aí veio a questão: será que sabemos viver sem as redes sociais? Sinceramente, acho que não! para driblar a falta das três poderosas redes o número de pessoas que ingressou no Telegram para se comunicar foi gigantesco e chegou a travar a plataforma. O Twitter virou  espaço de fala até mesmo para a turma de Zuckerberg, que ficou sem canal de comunicação.

A pane da segunda-feira reforça um conselho que dou há muito tempo para meus clientes: não apostem suas fichas apenas em uma rede social. É fundamental termos presença digital em diferentes espaços. Inclusive é importante ter presença offline.

Quem se prepara e investe em diferentes meios de comunicação (e em especial redes sociais) não se assusta tanto quando ocorre um problema desses. Panes no Facebook, Instagram e WhatsApp não são novidade e, provavelmente, muitas outras acontecerão.

Agora me responda: se você investe apenas em Instagram, o que você faria se jogassem uma bomba nos servidores da empresa e a plataforma não existisse mais? 

Por isso, é preciso ter diferentes estratégias! Para quem deseja se comunicar de verdade, além das redes sociais, é fundamental ter presença no Google, assim como manter relacionamento com clientes em modelos mais conservadores, como newsletter, por exemplo! 

Mais uma vez vale lembrar que, se os serviços de redes sociais são gratuitos, nós somos o produto! E podemos sofrer consequências desse relacionamento a qualquer momento e sem muita opção para reclamar. Por isso, lembre-se sempre desta última segunda-feira e crie estratégias mais amplas de comunicação. Assim o susto é menor, e as perdas também!! 

Autor
[email protected] Mestre e doutora em Comunicação Social, a jornalista é CEO da Way Content Agência da Comunicação, especializada em turismo, gastronomia e estilo de vida, e fundadora do projeto Travelterapia, que divulga destinos, experiências e cria projetos de branded content. Em 2019 foi finalista da categoria Imprensa do Prêmio Nacional de Turismo, promovido pelo Ministério do Turismo. Tem experiência como repórter e editora, e é freelancer de publicações como Viagem Estadão e Veja Comer & Beber. Trabalhou 12 anos na redação do jornal Zero Hora e produziu conteúdos para veículos como Sunday Independent, Hola!, Contigo!, Playboy, Veja, Globo.com e Terra. Também atuou por 10 anos como professora de universidades como Unisinos e ESPM, passando pelos cursos de Jornalismo, Relações Públicas e Produção Fonográfica. Atualmente pesquisa o papel da imprensa no desenvolvimento do turismo e já estudou em países como Irlanda, Espanha, Inglaterra e Estados Unidos.

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