Documentários são uma boa alternativa

Por Renato Dornelles

Desde que, fora de uma redação, trabalhei com audiovisual, nos meses finais de 2013, passei a entender que jornalismo e documentários têm muito em comum. Ou melhor, têm mais intersecções do que eu imaginava e já sabia.

Bem verdade que há diferenças. Por exemplo: nos documentários, não necessariamente é preciso ouvir os dois lados. A produção pode ter como ponto de partida e fio condutor a visão de seus realizadores ou de personagens e, a partir desta, provocar reflexões e debates, inclusive entre os que não discordam.

Mas há muitos pontos em comum. Inegavelmente, ambos são representações do real e instrumentos de transformação social e tem como matéria-prima algo captado no mundo físico.

Por conta disso, cada vez mais incentivo profissionais do jornalismo a buscarem no audiovisual, mais precisamente no gênero documentário, uma alternativa de trabalho e criação. Felizmente, a mídia tradicional também costuma apostar nisso. Um case mais recente é o doc da RBS TV, produzido pelos repórteres Cristine Gallisa e Vitor Rosa sobre o caso do bolo envenenado.

Autor
Jornalista, escritor, roteirista, produtor, sócio-diretor da editora/produtora Falange Produções, é formado em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) (1986), com especialização em Cinema e Linguagem Audiovisual pela Universidade Estácio de Sá (2021). No Jornalismo, durante 33 anos atuou como repórter, editor e colunista, tendo recebido cerca de 40 prêmios. No Audiovisual, nos últimos 10 anos atuou em funções de codireção, roteiro e produção. Codirigiu e roteirizou os premiados documentários em longa-metragem 'Central - O Poder das Facções no Maior Presídio do Brasil' e 'Olha Pra Elas', e as séries de TV documentais 'Retratos do Cárcere' e 'Violadas e Segregadas'. Na Literatura, é autor dos livros 'Falange Gaúcha', 'A Cor da Esperança' e, em parceria com Tatiana Sager, 'Paz nas Prisões, Guerra nas Ruas'. E-mail para contato: [email protected]

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