Documentários são uma boa alternativa
Por Renato Dornelles

Desde que, fora de uma redação, trabalhei com audiovisual, nos meses finais de 2013, passei a entender que jornalismo e documentários têm muito em comum. Ou melhor, têm mais intersecções do que eu imaginava e já sabia.
Bem verdade que há diferenças. Por exemplo: nos documentários, não necessariamente é preciso ouvir os dois lados. A produção pode ter como ponto de partida e fio condutor a visão de seus realizadores ou de personagens e, a partir desta, provocar reflexões e debates, inclusive entre os que não discordam.
Mas há muitos pontos em comum. Inegavelmente, ambos são representações do real e instrumentos de transformação social e tem como matéria-prima algo captado no mundo físico.
Por conta disso, cada vez mais incentivo profissionais do jornalismo a buscarem no audiovisual, mais precisamente no gênero documentário, uma alternativa de trabalho e criação. Felizmente, a mídia tradicional também costuma apostar nisso. Um case mais recente é o doc da RBS TV, produzido pelos repórteres Cristine Gallisa e Vitor Rosa sobre o caso do bolo envenenado.