Vivemos tempos em que o "mimimi" parece ter conquistado espaço VIP no cotidiano das pessoas. Reclamar de tudo - e de todos - é a forma mais simplista de abster-se dos problemas, eximir-se das culpas e terceirizar responsabilidades. Basta um tropeço, um desafio ou uma crítica e lá vem a enxurrada de lamúrias, como se o mundo inteiro conspirasse contra cada um de nós. Quem nunca teve seu momento "mimimi", que atire a primeira pedra! Mas, sejamos sinceros: esse comportamento, além de cansativo para quem convive com a gente, não soma nada à nossa trajetória - no pessoal e, muito menos, no profissional.

No ambiente de negócios, por exemplo, pessoas "pesadas", aquelas que se vitimizam ou encaram os desafios como sentenças, rapidamente perdem espaço. O mercado valoriza quem enxerga soluções, transformar limões em limonada ou, para os mais ousados, numa boa caipirinha para relaxar no final de um longo dia. O segredo está nessa troca de lentes: abandonar o retrovisor e fixar o olhar no horizonte, percebendo que cada dificuldade pode ser uma grande oportunidade, a depender da perspectiva de análise e observação.

O "mimimi" eventual pode até ser natural no contexto reativo humano, mas não precisa ser recorrente. Cada um de nós deve ser protagonista da própria história. Valorize seus pontos fortes, trabalhe suas fragilidades, celebre pequenas conquistas, reconheça fracassos - mas sem buscar culpados ao redor. Ninguém pode - e nem vai, encontrar por você soluções ou atalhos que só você mesmo pode construir.

Pense: o que você está levando desta vida? Mais importante do que o saldo bancário, é o saldo das experiências, das conquistas, das batalhas e das superações. Troque o "mimimi" pelo movimento, a queixa pela ação, a reclamação pelo engajamento.

Somos guias dos nossos destinos, donos dos nossos sonhos. E refletindo sobre aquele dito popular, "o que a gente leva dessa vida é a vida que a gente leva", não seria a hora de assumirmos as rédeas e fazermos da nossa jornada algo realmente significativo?

A escolha - e o protagonismo dessa escolha - estará, sempre, em nossas mãos.