Não seja um polvo

Por Grazielle Araujo

13/06/2018 17:39

Proatividade tende a ser vista como uma qualidade de pessoas que querem agregar. Atitude que merece respeito e, por que não, certa admiração. É preciso coragem, iniciativa e tempo para planejar e executar, dentre outras responsabilidades. Porém, todavia, contudo, não dá para se meter onde não se domina. Uma das definições sobre proatividade se dá como ?o comportamento de antecipação e responsabilidade sobre determinada ação, escolha ou resolução de um desafio?. Ou seja: quem inventa, tem que aguentar o tranco.

O problema se dá quando alguém se mete no trabalho do outro. Enquanto a iniciativa se restringe ao teu negócio e à tua área de conhecimento, de boa. Se der certo, mérito teu. Se não der, também. A política da boa vizinhança exige uma linha tênue entre perguntar o quanto você pode invadir o quadrado do outro ou sair entrando.

A tua ideia genial pode já ter sido pensada há tempos ? por especialistas no assunto ? e se não está em prática, provavelmente foi descartada por diferentes motivos. Desde a falta de condições de execução até a conclusão que não renderia o esperado. Ou então porque não deu certo mesmo. Acontece. Melhor perguntar antes, conversar com quem vive aquilo e, claro, estar aberto a opiniões diferentes. Pode dar certo, este texto não tem a intenção de desmotivar ninguém.

Só mais uma dica: tente ser proativo quando o seu serviço estiver em dia. Não invente moda para os outros fazerem. Não pega bem. A falta de noção atrapalha. Não nascemos com tentáculos justamente para que com apenas um par de mãos possamos nos dedicar ao nosso métier