O amor que nunca parte

Por Fernando Puhlmann

27/10/2025 15:25 / Atualizado em 27/10/2025 15:24
O amor que nunca parte

Hoje é o Dia dos Mortos dos Animais, uma data que nasceu a partir da tradição mexicana, mas que, na verdade, pertence ao coração de todos que já amaram um bicho e sentiram o vazio que fica quando eles se vão. É um dia de memória, mas também de gratidão.

Eu lembro do Zeus, meu gordo amado. Ele foi, e ainda é, o grande amor da minha vida. Com ele, eu aprendi o que é amor de verdade. Aquele amor que não cobra, que não finge, que não vai embora quando a gente erra. Amor que basta estar. O Zeus me ensinou o valor do silêncio, a ternura de um olhar nos olhos de jabuticaba preta e o poder curativo de um simples encostar de focinho.

Por causa dele, hoje eu temos mais treze amores: doze gatos e uma cadelinha. Cada um com seu jeito, sua história, seu mistério. Eles enchem a casa, o tempo e a alma. São eles que me lembram, todos os dias, que a vida só tem sentido quando há amor compartilhado, quando há uma presença que nos acolhe, uma pata que te arranha por saudade e que te reconhece mesmo no escuro.

O Zeus partiu, mas nunca foi embora. Ele vive em cada gesto de carinho que eu dou, em cada olhar que eu troco com o Pirata, a Hanna, a Angel, a Branca, a Preta, a Amarela, a Sol, o Bonitão, a Luz, o Jorge, o Érico, o Caio, a Lia e a Bella, que agora nos cercam. Ele me transformou, mas mais do que isso, ele transformou o modo como eu entendo o mundo.

Por ele o mergulho na causa animal, por ele o veganismo, por ele a vontade de proteger e brigar por cada ser vivo desse mundo.

Meu gordo se foi, fez a passagem, mas não morreu. Porque eles não morrem. Eles apenas mudam de lugar:  passam a morar dentro da gente.