O dom de dizer e escutar

Por Luan Pires

Relação nenhuma vive de adivinhação. As palavras não são enfeites, são pontes. E pontes, você sabe, só sustentam se forem construídas dos dois lados. Tem quem prefira o silêncio, achando que evita conflitos. Mas sem diálogo, o que a gente evita mesmo é o entendimento.

Falar é se colocar no mundo. Ouvir é abrir espaço pra o outro existir também. Em qualquer relação, seja amorosa, de amizade, familiar, profissional, etc. Conversar é o que separa o afeto da suposição. E é na escuta que mora a possibilidade de enxergar por olhos que não são os seus.

Às vezes, o que machuca não é a briga, é o acúmulo. São as palavras que não saíram, os gestos que ficaram subentendidos, as dores engolidas como se não tivessem peso. Mas têm. E pesam em silêncio.

Dialogar é aceitar que o outro não vai ser espelho. É permitir o choque de ideias, sim, mas também a criação de um meio-termo possível. As palavras certas não resolvem tudo, mas abrem caminho. E às vezes, só isso já é muito.

Com Amor, Vida.

Autor
Luan Nascimento Pires é jornalista e pós-graduado em Comunicação Digital. Tem especialização em diversidade e inclusão, escrita criativa e antropologia digital, bem como em estratégia, estudos geracionais e comportamentos do consumidor. Trabalha com planejamento estratégico e pesquisa em Publicidade e Endomarketing, atuando com marcas como Unimed, Sicredi, Corsan, Coca-Cola, Auxiliadora Predial, Deezer, Feira do Livro, Museu do Festival de Cinema em Gramado, entre outras. Articulista e responsável pelo espaço de diversidade e inclusão na Coletiva.net, com projetos de grupos inclusivos em agências e ações afirmativas no mercado de Comunicação. E-mail para contato: [email protected]

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