Persuasão do bem: a essência do bolo do sim
Por Beto Carvalho


Em abril, lanço o meu novo livro, que denomino de BOLO DO SIM. Ele aborda o ambiente da argumentação persuasiva e seus impactos na negociação. Em realidade, ele é uma releitura à atualização conceitual do meu livro A Cereja do Bolo, publicado em 2009, que tanta aderência teve no leitor.
Nesta publicação de agora, elaboro a argumentação persuasiva estruturando-a sob forma lúdica de um "bolo culinário", cujos ingredientes postos em camadas estabelecem atributos e etapas que julgo fundamentais à obtenção do SIM.
Enquanto desenvolvia a nova formatação textual, deparei-me com uma frase da Madre Teresa de Calcutá. A religiosa referia que "não devemos permitir que alguém saia da nossa presença sem que se sinta melhor ou mais feliz". A frase, aparentemente simples, expressa com propriedade a essência daquilo que deveria imperar em qualquer relacionamento humano saudável e construtivo: entrar em uma relação buscando sempre fazer o bem ao outro.
Levando esta frase ao contexto do livro, entendo que nela está contida o que penso sobre o uso de ferramentas persuasivas em nossos relacionamentos pessoais. Parafraseando a Madre, diria que, quando entramos em uma relação pessoal - especialmente em ambientes negociais - não temos o direito de sair da presença de alguém sem esgotarmos todas as possiblidades para deixar o outro melhor ou mais feliz.
Defino isso como a PERSUASÃO DO BEM que, em síntese, é o ideal único a ser perseguido quando utilizamos estratégias e táticas argumentativas que possam levar alguém a adotar uma ideia, assumir uma atitude ou realizar uma ação.
Relacionar-se para deixar o outro sentindo-se melhor ou mais feliz. Acredito muito nesse vetor relacional, não apenas porque entenda ser base comportamental à formação de uma sociedade harmônica e solidária, mas especialmente por considerar o caminho do bem como o trajeto mais adequado para recolocar a humanidade ajustada aos verdadeiros valores da vida.