Soneto da contaminação

Por Fraga

20/04/2021 16:23 / Atualizado em 20/04/2021 16:22
Soneto da contaminação

(Depois de Vinícius de Moraes)

 

De repente do riso fez-se a comorbidade Plácida e fúlgida como verso de hinário Espalhou-se, ocupa ruas, praças da cidade Agora vive nas bocas, saída de quê armário?

De repente do clima fez-se a comorbidez Que dos corpos aflora e pelo excesso Todos a têm, da ordem até o progresso Acostumamos, tanto faz como tanto fez

De repente, assim desde 2018 Fez-se doente o que era tão saudável E dum país fez nacional falência

Fez-se da mão amiga arminha .38 Fez-se do convívio ódio intragável De repente, esse mórbido na presidência.