Transições

Por Flavio Paiva

As transições, quer na vida profissional, quer na vida pessoal, são momentos que podem ter alegria ou tristeza e são desafiadoras. Passamos a viver uma experiência totalmente nova, eventualmente com ambiente novo, novas demandas, novas alegrias ou novas tristezas.

Comecemos pelo mais óbvio: uma transição profissional. Se ela for uma evolução, quer assumindo um cargo de liderança, quer iniciando um empreendimento, há o aspecto da felicidade, da conquista, da superação. Mas também o daquele pequeno frio na barriga, do "Serei capaz de dar conta? Depois desta experiência, para onde vou?" Bem como questionamentos sobre quais são as novas variáveis que impactam no fazer e no pensar desta nova jornada. Assim, como em praticamente tudo na vida, há aspectos positivos e negativos, digamos.

O atual cenário competitivo nos empurra, mesmo que não quiséssemos, à jornada da conquista, desbravando novos mares, tal qual capitães à frente de seus navios. Rumo a um desconhecido, embora nem tão desconhecido assim, pois com o acesso espetacular a dados e informações, temos uma visão previa do que pode acontecer. Ou de quais possibilidades estão em jogo, embora o imprevisível seja sempre uma variável presente.

Mas as transições muitas vezes são obrigatórias, não são uma escolha. Somos obrigados pelas circunstâncias. Como eu disse anteriormente, se as circunstâncias são favoráveis, ótimo. Porém, elas podem ser desfavoráveis. Às vezes, muito desfavoráveis, mas ainda assim somos obrigados a encontrar e encarar um novo caminho.

Algumas descobertas ocorreram por obra do acaso, outras não. Mas ambas forçaram uma transição, neste caso positiva.

Caso retornemos à situação inicial, ela também estará modificada. Não seremos mais os mesmos, nem o ambiente de trabalho, nem os colegas, nem partes. Podemos ser impelidos ou convidados a retornar. E as coisas podem ser melhores, justamente porque houve modificação em tudo e todos.

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