Vamos falar sobre pesquisas eleitorais?

Por Grazi Araujo

Sempre tive um pé atrás com o resultado de pesquisas eleitorais e nessas eleições minha desconfiança aumentou depois do resultado das urnas do Brasil inteiro. Deu muita diferença entre o que os percentuais dos questionários e os apurados pela urna eletrônica.

Entre uma conversa e outra sobre o assunto, uma pessoa comentou que já havia atuado em campo como pesquisador e que a orientação era de que as pessoas entrevistadas deveriam estar na rua, na calçada. Contou que teve certa dificuldade em encontrar respostas nos bairros mais nobres e que a solução, para atingir o número contratado, era de se deslocar para bairros mais populares. Preciso dizer mais?

Eu não vou nem comentar sobre pesquisas compradas e essas coisas que alguns brasileiros sabem fazer bem. Eu não conheço ninguém, de diferentes meios de relacionamento, que tenham algum dia respondido alguma pesquisa eleitoral. Sei que há, de fato, a realização. Meu pensamento nada tem a ver com a seriedade das empresas, que fique claro. Porém, mesmo vivendo no meio de pessoas mais 'politizadas' e envolvidas com um ou outro candidato, o boca a boca não condiz com o que vimos estampados nas capas dos jornais. 

O fato que me motivou a escrever o texto de hoje é sobre aquela parcela da população que decide o voto por quem está liderando nas pesquisas, o que até acho que vem diminuindo ao longo dos anos. As pessoas precisam ir atrás de informações dos candidatos, se ainda resta alguma dúvida quanto ao número que vai ser digitado dia 28 de outubro. Não dá para dizer que não quer saber de política se ano que vem tá reclamando de quem foi escolhido. Porque reclamar virou mais do que moda, mas querer participar de soluções dizem que é muito mais trabalhoso.

Os candidatos que estão atrás devem seguir, no meu entendimento, com confiança e sabendo que o jogo pode virar a qualquer tempo, basta os pesquisadores escolherem uma vizinhança diferente.

Autor
Grazielle Corrêa de Araujo é formada em Jornalismo, pela Unisinos, tem MBA em Comunicação Eleitoral e Marketing Político, na Estácio de Sá, pós-graduação em Marketing de Serviços, pela ESPM, e MBA em Propaganda, Marketing e Comunicação Integrada, pela Cândido Mendes. Atualmente orienta a comunicação da bancada municipal do Novo na Câmara dos Vereadores, assessorando os vereadores Felipe Camozzato e Mari Pimentel, além de atuar na redação da Casa. Também responde pela Comunicação Social da Sociedade de Cardiologia do RS (Socergs) e da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV). Nos últimos dois anos, esteve à frente da Comunicação Social na Casa Civil do Rio Grande do Sul. Tem o site www.graziaraujo.com

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