Cinco perguntas para Jean Schwarz

Fotógrafo de Zero Hora conquistou o primeiro lugar no Prêmio ARI de Fotojornalismo

1. Quem é você, de onde veio e o que faz?  
Nasci em 1976, sou fotojornalista. Comecei a fotografar no final de 1996, influenciado por amigos. Em 1997, publiquei minha primeira foto e, desde então, tenho a fotografia como estilo de vida. Atualmente, fotografo para o jornal Zero Hora e, desde 2008, me dedico a projetos de fotografia documental. Em 2009, fui convidado para expor meu ensaio 'Em Busca da Terra Sem Mal', onde passei quatro meses convivendo com índios, que vivem às margens de rodovias na região metropolitana de Porto Alegre. Tive trabalhos selecionados para exposições em festivais na Europa, Oriente Médio, Ásia e Mercosul.
2. Como foi ganhar o Prêmio ARI de Jornalismo?
Incrível, não esperava. Estava concorrendo com grandes nomes do fotojornalismo gaúcho, dentre eles os colegas Tadeu Vilani, Adriana Franciosi, o mestre Valdir Friolin e Tarsila Pereira. Foi uma surpresa. Acho que ganhar um prêmio como o ARI de Jornalismo, além de mostrar que estou no caminho certo com a minha fotografia, me proporciona a alegria de ter credibilidade diante das histórias que venho registrando.
3. Qual é a importância do Fotojornalismo na Comunicação?
Sou um fotojornalista e necessito falar. Com a câmera, muitas vezes, comunico e questiono situações que preferia que não existissem, que as pessoas não vissem. Porém, o meu papel como fotojornalista é mostrar. Por meio da fotografia, todos os dias aprendo e me torno uma pessoa melhor. Além de registrar os fatos por meio da fotografia, a câmera tem um papel importante: disparar consciência. Gosto de fotografia que, além de contar uma história, também questiona.
4. O que mais lhe dá prazer na profissão?
A fotografia sempre me fascinou. Lembro que na minha infância os brinquedos que eu mais gostava eram papel ofício, tesoura, cola e uma Manchete (revista brasileira da década de 80). Gostava de montar a minha própria fotografia. Recortava, recortava e recortava? Como eu adorava passar meu tempo fazendo isso. Hoje, sei que foi por meio desta brincadeira inocente que conheci a fotografia e me interessei em "recortar" a vida e o tempo com uma câmera, em vez da tesoura. É interessante pensar no poder que uma fotografia exerce. É algo realmente impressionante. Com uma imagem podemos rir, chorar, representar, comunicar, indagar, testemunhar, documentar, denunciar, imaginar, transformar, surpreender e reconstruir. A fotografia para mim é algo vital e visceral. É o coração que pulsa e leva sangue a todas as artérias do corpo.
5. Quais são os planos para os próximos cinco anos?
Continuar "recortando" o tempo com uma câmera.
Imagem

Comentários