Cinco perguntas para Ricardo Piccoli

CEO da Exibe fala sobre empreender no mercado de mídia out of home

1. Quem é você, de onde veio e o que faz?
Meu nome é Ricardo Pinto Piccoli, tenho 44 anos, nascido e criado em Porto Alegre. Meu pai, Pedro, é de Erechim e a minha mãe, Iolanda, de Santiago. Na década de 1950, eles se mudaram para Porto Alegre para estudar, acabaram se conhecendo e constituindo a nossa família, em que sou o primogênito e tenho um irmão, Flavio e uma irmã, a Lara. Sou formado em Administração de Empresas com Ênfase em Análise de Sistemas e pós-graduado em Gestão Empresarial, ambos pela PUC. Na área de Marketing, o meu curso mais recente foi uma especialização em Trade Marketing pela ESPM.
Atualmente, sou CEO da Exibe Mídia, mas venho originalmente da área de TI, onde tive uma empresa de desenvolvimento de softwares por 20 anos, a Criterium Business Mobile, que foi uma das cinco primeiras empresas do Brasil focadas no desenvolvimento de aplicativos corporativos para celulares, smartphones e tablets. Faz quatro anos que vendi a empresa para um grande grupo mineiro, permanecendo como diretor de Tecnologia por mais três anos. Ao finalizar o meu contrato, parti para novos desafios.
Como resultado dessa experiência, sobraram números consideráveis de 387 sistemas desenvolvidos, 50 mil usuários suportados, produtos líderes de mercado, como, por exemplo, o Promotor Online (especializado para trade marketing), parcerias com as principais empresas de telecomunicações (Claro, Vivo, TIM) e de tecnologia (Totvs, Palm, Nokia, Samsung, HP, Motorola), além de projetos inovadores em diversos segmentos de mercado (Transporte, Saúde, Construção Civil, Indústrias em Geral, Varejo, Atacado, Educação).
2. Como surgiu a ideia de criar a Exibe?
Na verdade, essa é uma ideia que eu tive aos meus 18 anos e ficou adormecida, esperando o momento certo para nascer. Uma coisa eu aprendi na minha vida: tudo tem a hora certa para acontecer. Muitas vezes, temos ideias fantásticas, revolucionárias, daí vamos para o mercado e nos deparamos com um grande fracasso. É cruel, mas nem sempre o mercado está maduro o suficiente para absorver grandes ideias. Então, como explicar que a mesma ideia cinco anos depois vira sucesso total? Um verdadeiro paradigma para os inovadores.
Assim, usando o meu bom relacionamento com o pessoal de transporte de passageiros da Região Metropolitana, onde sou o responsável por toda a infraestrutura de TI do sistema de Bilhetagem Eletrônica TEU, e com a experiência adquirida em 25 anos prestando serviços para esse segmento, consegui desenhar um modelo de negócio interessante para todos os envolvidos no processo e conquistei a concessão de exploração desse mercado, que até então era virgem. Isso tudo permitiu à Exibe nascer.
3. Qual é o diferencial da empresa?
O nosso primeiro diferencial é que somos um veículo especializado em mídia em ônibus, respiramos ônibus o dia inteiro e vamos trazer para o mercado muitas novidades para quem deseja exibir a sua marca nesse meio. Segundo, nós conseguimos atingir o mercado de Porto Alegre e da Região Metropolitana com as nossas mídias. São praticamente quatro milhões de pessoas. E terceiro, como eu venho da área de Tecnologia, não poderia deixar de usar o meu conhecimento em TI para trazer novidades para o mercado de publicidade. Em 2015, estaremos apresentando novidades revolucionárias em nível de gestão online e segmentação de mídias externas.
4. Como tem sido a tarefa de empreender?
Divertida, adoro o desafio. Apesar da família ter muitos negócios onde eu poderia ter galgado um caminho bem mais fácil, sempre gostei de ter o meu negócio.
Como todo bom filho de empresário, iniciei minhas incursões no mundo empreendedor muito cedo, primeiramente, de forma mais amadora, com sete anos, vendendo água potável na praia para a vizinhança. Depois, aos 10 anos, vendendo laranja e bergamota na BR-116, próximo ao nosso sítio. Aos 13, tive a minha primeira experiência, um pouco mais séria, criando uma pequena confecção especializada em surfwear (Vento Sul). No início, usava a costureira da minha mãe e vendia sob encomenda para os meus colegas do Anchieta. Com o aumento dos pedidos, contratei mais costureiras e comecei a vender para as poucas surfshops que existiam em Porto Alegre.
Aos 17 anos, eu e um amigo montamos uma empresa, literalmente, na garagem de casa e consertávamos pranchas de surf, a Sucks Surf Consertos. E, finalmente, a experiência séria, onde eu e mais dois sócios criamos a Criterium Business Mobile, empresa que me alavancou no mundo dos negócios. Após a venda da Criterium, montei a Piczi Tecnologia, na qual eu e minha equipe prestamos consultoria de TI para algumas empresas de grande e médio porte.
Porém, a vida não é só de sucessos. Recentemente, participei de um projeto de uma startup, a Netferragens, que não foi bem-sucedido. Uma grande ideia no tempo errado. Mas serviu para ensinar-me coisas importantes.
5. Quais são os planos para os próximos cinco anos?
Essa pergunta é respondida com a visão da nossa empresa: "Ser o maior player do mercado de mídias out of home focada em ônibus do estado do Rio Grande do Sul". Para isso, temos muito trabalho pela frente. Precisamos conquistar novas concessões, lançar novos produtos, inovar por meio do uso de tecnologia e, o mais importante, atender aos nossos clientes de forma comprometida e com qualidade.
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