A RBS Participações S.A., controladora dos veículos do Grupo RBS, em seu balanço anual, publicado em Zero Hora, apresentou um lucro líquido em 2019 de R$ 36,9 milhões. O valor é abaixo dos R$ 47,9 milhões do ano anterior.

Por outro lado, em questão de faturamento, a RBS Participações S.A. fechou o ano passado com receita operacional de R$ 270,7 milhões, o que é muito próximo do arrecadado em 2018, que foi de R$ 273,5 milhões. O lucro bruto, ou seja, deduzidas as despesas operacionais, mas antes do pagamento de Imposto de Renda e contribuições sociais, até foi superior ao do ano anterior, porém estas provisões  consumiram 32% do resultado do exercício de 2019.

Financeiramente falando, a estrutura também é consistente, com uma liquidez corrente de 2,12 - ou seja, para cada R$ 1,0 que a empresa deve no curto prazo, conta com uma disponibilidade  de R$ 2,12. Embora, nominalmente, tenha caído o saldo de recursos líquidos de caixa, vale destacar que, no exercício de 2019, não houve ingresso de faturamento proveniente de venda de participações acionárias, como em 2018. Além disto, nota-se uma considerável amortização de debêntures - a empresa não mostra utilizar-se de financiamentos bancários -, reduzindo também o Passivo Circulante de um ano para outro, o que torna a situação bastante positiva.

Na sua controlada Rádio Gaúcha S.A., a performance teve o mesmo comportamento, com um faturamento muito similar ao de 2018, na casa de R$ 62 milhões. Por sua vez, o resultado líquido do exercício se reduziu à metade em 2019, especialmente porque a provisão de IR e contribuições consumiu 55% do lucro - no ano anterior, este percentual havia sido de 23%. Portanto, mesmo que o desempenho global tenha sido muito parecido com o de 2018, o provisionamento bem maior de impostos foi significativo para a diminuição do lucro líquido: foi de R$ 8,6 milhões para R$ 4,2 milhões.