Levi Novaes, da Mooc, acredita em microrevoluções e conexões

Publicitário elencou pontos os quais defende como essenciais para o trabalho

Levi Novaes, da Mooc - Divulgação/Coletiva.net

Ressignificar, conectar e revolucionar foram alguns dos pontos elencados pelo publicitário Levi Novaes, da Mooc. Na terceira palestra do dia, do Congresso de Estratégia Criativa, em Porto Alegre, ele explicou o que a Mooc e de que forma o coletivo atua no mercado de comunicação. "Nosso trabalho é pautado em conexões, pois sabemos que, quando conhecemos uma pessoa, algo resulta dessa nova conexão", exemplificou. A Mooc, segundo ele, é um movimento observador criativo formado por oito pessoas. "É um estúdio criativo, que apresenta soluções sob o olhar do jovem negro", definiu.

Levi, que é mais conhecido como Levis, disse que a Mooc busca ressignificar o olhar sobre os jovens negros, ampliar acessos e dar voz de protagonismo a novos contextos. "Quando se diz 'da periferia para o mundo'parece algo simples, mas não é. Periferia não tem só preto, tem uma diversidade de pessoas, de classes, e isso mostra a forma de consumo e pensamento", falou. O coletivo, conforme citou o publicitário, trabalha com grandes marcas para trazer a realidade da periferia para outros mercados.

Em sua explanação, ele ainda falou sobre o contrafluxo, o que, segundo defendeu, faz as pessoas prestarem atenção em novas coisas. Para exemplificar, contou que, por influência da família, havia prestado concurso público, mas não era feliz. "Resolvi, então, sair e arriscar, porém, não deu certo", falou, acrescentando que, em vez de desanimar, analisou o que não deu certo e reestruturou. "É um aprendizado para a vida. E o contrafluxo vem disso", definiu.

Ao falar sobre seu trabalho, Levi apontou que a periferia tem o poder de transformar a escassez em abundância, transformar algo feio em bonito. "Mas o que é, realmente, bonito ou feio? Quem definiu isso?", questionou. Sobre o mundo digital, o publicitário afirmou que acredita na força dele, porém, as pessoas perdem algumas sensibilidades, coisas simples. "Falta a experiência do toque, e tem coisas que só um abraço resolve, pois humanidade se trata com humanidade. Por mais incríveis que os dados sejam, é preciso humanizar", declarou.

Coletiva.net faz a cobertura da quarta edição do Congresso de Estratégia Criativa ao longo desta segunda-feira, 20, com o apoio do Grupo RBS. O evento, realizado no Teatro do Bourbon Country, é produzido pelo Grupo de Planejamento do Rio Grande do Sul.

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