Tiago Mattos explora futuro do trabalho, das pessoas e das ideias

Fundador da Aerolito encerrou programação desta terça-feira do ARP Meeting, que integra a Semana ARP 2017

O fundador da Aerolito, empresa que estuda as perspectivas para organizações, Tiago Mattos, encerrou a programação desta terça-feira, 5, do ARP Meeting da Semana ARP 2017. Durante a palestra final de hoje, o publicitário expôs como enxerga o futuro do trabalho, das pessoas e das ideias no Centro de Eventos do BarraShoppingSul, em Porto Alegre.

Na oportunidade, o empreendedor defendeu a necessidade de recolher evidências atuais para projetar o futuro, que é o propósito da Aerolito no mercado. Diante da efervescência dos discursos pró-modelos digitais de negócios, explicou que não basta reproduzir formatos clássicos, nos quais se tem uma cultura hierárquica verticalizada, e sim, investir na maneira horizontal de conduzir os processos no trabalho. "A estrutura fica leve e mais ágil, além de contemporânea", justificou a preferência.

Para transicionar do modelo clássico para o digital, não basta digitalizar os processos, mas alterar os softwares. "É preciso ter um pensamento digital, propriedade intelectual adaptada, pessoas conectadas e profissionais com coragem", disse, resumindo as características necessárias para implantação de negócios digitais. Entre elas, destacou a necessidade de habilidades multidisciplinares para geração de inovação. Conforme Mattos, reunir um grupo de pessoas que pensam e agem de maneira semelhante não origina ideias espetaculares, considerando que o segredo da inovação é o resultado de indivíduos com competências distintas.

A partir de cinco perfis de profissionais (membro desgarrado, vítima apática, guerreiros solitários, orgulho tribal e inocente maravilhado), argumentou que nenhuma empresa precisa perder para que outra vença. A nova ordem, segundo ele, está na possibilidade de gerar transformações a partir do conjunto de valores desenvolvidos de forma colaborativa.

Mattos finalizou a participação no encontro afirmando que todas as pessoas devem sentir medo, porque com ele deve-se ressuscitar a coragem. "Cada empresa e indivíduo tem um espaço que quer chegar. É injusto demais não viver isso e a gente tem que arriscar. Não abram mão disso por causa do medo", aconselhou, sugerindo que o público siga desaprendendo e aprendendo a aprender.

Entenda os perfis citados por Tiago Mattos:

Membro desgarrado é aquele que não atua de forma conectada ao grupo e permanece isolado na criação de ideias.

Vitima apática é o profissional que enxerga o universo do outro melhor do que o próprio e, insatisfeito com sua realidade, impacta os processos.

Guerreiro solitário é o colaborador que é capaz de tudo, inclusive de fazer intrigas, para crescer profissionalmente. Também é caracterizado por trabalhar para si e não para a empresa.

Orgulho tribal é aquele que enxerga os projetos da organização e dos colegas como os melhores, tem autoestima e é empolgado.

Inocente maravilhado, por fim, é quem gosta de pensar positivo e tem pensamento coletivo, além de portar o sentimento de colaboratividade dentro e fora do seu grupo.

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