Pela quarta vez em Cannes, Meneghetti define festival como "inspirador"

Sócio-diretor da Moove, publicitário afirma que sensação de FoMO é inevitável

18/06/2018 15:00
Pela quarta vez em Cannes, Meneghetti define festival como "inspirador" /Divulgação

Por Cleidi Pereira, enviada especial de Coletiva.net

Participando pela quarta vez do Cannes Lions, o publicitário gaúcho Alberto Meneghetti resume o evento em uma palavra: inspirador. O sócio-diretor da agência Moove ? que faz a cobertura do festival para a Revista Advertising ? conta que fica de olho no pavilhão Lions Innovation, pois ?é de onde saíram as startups que nos mostraram até onde a realidade virtual, os algoritmos e a digitalização se conectarão com a publicidade?. Em entrevista ao Coletiva.net, ele disse apostar que a inteligência artificial será um dos principais tópicos desta edição, embora temas como a igualdade de gênero e humanização de dados continuarão fortes e presentes.

Com dezenas de atividades e seminários acontecendo simultaneamente, Meneghetti afirmou que a sensação de FoMO ? sigla para 'fear of missing out', o medo de estar perdendo algo ? é inevitável. ?O festival emagreceu, mas continua a valorizar, cada vez mais, a big idea, e isto é que mais importa. Espero também acompanhar, nesta edição, o avanço inexorável dos grandes players digitais, assumindo, de vez, o protagonismo no plano midiático global?, informou.

Sobre a participação brasileira no festival, avaliou que a safra atual não é boa: ?Se chegarmos a um total de 90 Leões, será uma vitória e tanto?, disse. O recorde do Brasil em Cannes foi em 2014, quando as agências do País arremataram 116 Leões. Para Meneghetti, os cases 'Essa Coca é Fanta', da David, e 'Next', da R/GA, são os que têm mais chances de serem premiados.

?No início das noites quentes, certamente estarei no grande auditório do Palais, acompanhando de perto o espetáculo que são os eventos de entregas de prêmios. A cada noite, dezenas de Leões são distribuídos a uma frenética e feliz galera, formada por criativos dos lugares mais distantes do planeta. Ano passado, ver um Grand Prix sendo entregue a um garoto chinês me fez vibrar com a renovação necessária destas mentes brilhantes?, contou Meneghetti.