Cinco perguntas para Lívia Araújo

Jornalista do Jornal do Comércio estreou na literatura de contos com a obra 'Dreamlog'

02/07/2018 10:50
Cinco perguntas para Lívia Araújo /Divulgação

1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?

Meu nome é Lívia Araújo. Nasci em Santos, no litoral paulista, em 1978, e esse ar portuário me deu vontade de zarpar e conhecer outros pagos. Já vivi em Bauru, em Curitiba e, desde 2005, ancorei em outro Porto: o Alegre. Sou jornalista de formação e, atualmente, sou repórter na editoria de Política do Jornal do Comércio. Hoje, também saí do armário para a literatura e lancei meu primeiro livro de contos: o 'Dreamlog', pela editora Diadorim.

2 - Como foi a escolha para ser jornalista?

Eu alimentava a fantasia de ser jornalista desde criança, quando passava as minhas noites - naquela época não tinha internet - ouvindo rádio de ondas curtas e sabendo sobre o mundo pelas rádios BBC, Deutsche Welle, Rádio França Internacional (que transmitiam em português) e me intrigando com tantas línguas diferentes. Acho que ser jornalista fazia parte de uma vontade de estar no mundo, de ir além da minha aldeia, e concluo que foi isso que balizou a decisão de buscar essa formação específica.

3 ? Como se deu sua estreia na literatura de contos?

Eu já escrevia contos curtos há muitos anos, mas nunca no formato livro. Minha primeira literatura publicada foi no blog festamovel.wordpress.com, a partir de 2003. Mas, depois de fazer 'de um tudo' - assessoria de imprensa, reportagem, ensinar francês, ser cicloativista e fabricar capas de chuva -, me voltei, de novo, à produção literária e comecei a fazer oficinas de escrita criativa, de roteiro de cinema, de criação, etc. Em uma dessas, que foi ministrada pelo finado mestre João Gilberto Noll, meu amigo e colega jornalista Flávio Ilha, da Diadorim, tomou contato com meus textos e quis conhecer melhor minha produção. O Dreamlog estava praticamente pronto. Foram textos que eu escrevi ao longo desses anos, aos quais acrescentei mais alguns que tinham esse tema dos sonhos.

4 - Quais são as expectativas para os próximos livros?

Eu estou no meio da produção de um romance, um drama familiar - bem diferente dos textos curtos e surrealistas do 'Dreamlog'. E tenho uma ideia que ainda não sei se vai virar um roteiro audiovisual, uma novela, ou vai ficar mesmo para um conto. Está em repouso, fermentando e ganhando vida por si mesma. Eu tenho também vontade de fazer alguma coisa de ficção científica, que é um gênero que eu amo ler/ver, mas nunca me aventurei a também criar. Seja o que for, espero que isso diga algo aos leitores, que tenha significado e relevância para eles, do mesmo jeito que ler tanta gente incrível me inspira a viver e criar.

5 ? Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?

Não tenho planos muito sólidos ou definidos. Além de continuar publicando, quero estudar mais, aprender mais, escrever mais, viajar mais, ouvir mais, estar mais junto com as pessoas para melhorar a cidade e o mundo, e praticar bastante jornalismo também. Acho que, se eu fizer isso, coisas boas terão mais chance de acontecer.