Profissionais de imprensa defendem o bom Jornalismo

Milésimo Tá na Mesa recebeu representantes de veículos gaúchos na reunião-almoço especial

Milésimo Tá na Mesa conta com representantes de veículos - Divulgação/Coletiva.net

Representantes de sete veículos gaúchos - Band RS, RBS, Record RS, Grupo Sinos, Jornal do Comércio, Rede Pampa e SBT RS. Estes foram os convidados para celebrar a edição de número mil do Tá na Mesa, evento semanal da Federasul.  O time, que foi mediado pela presidente da entidade, Simone Leite, defendeu com diferentes argumentos a importância da imprensa no atual cenário, o compromisso com a sociedade e a responsabilidade de trabalhar com a informação verídica e correta. Estiveram presentes no palco: Sérgio Cóssio (Grupo Bandeirantes); Marta Gleich (Grupo RBS); Reinaldo Gilli Grupo Record RS); Mário Gusmão (Grupo Sinos); Guilherme Kolling (Jornal do Comércio); Paulo Sérgio Pinto (Rede Pampa); Carlos Toillier (SBT-RS).

Cóssio, cuja presença foi surpresa para alguns, pois o nome divulgado para representar a Band RS havia sido o da diretora de Jornalismo, Ciça Kramer, foi o primeiro a falar. Para o diretor-geral da Band, que fica na empresa até a próxima semana, a sociedade vive tempos estranhos, quando as instituições estão postas em xeque: "Nesse cenário, nosso papel social é de extrema importância. Afinal, a democracia brasileira é jovem e estamos aprendendo a lidar com a liberdade de sermos voz e vez da sociedade". Ele defendeu, ainda, que a mídia precisa ser chanceladora da verdade. Marta assumiu o microfone alertando: "A audiência que temos é proporcional à nossa responsabilidade". Para a diretora de Jornalismo dos jornais e rádios do Grupo RBS, é preciso discutir em profundidade algumas pautas, não apenas noticiar, para que o objetivo seja formar e educar para uma vida melhor.

Na visão de Gilli, a imprensa é necessária para que se mantenha a democracia, mas é preciso muito cuidado com as fake news, pois estas se tornaram o câncer que contamina o noticiário, especialmente no campo digital. "Precisamos de liberdade para ninguém calar a nossa boca. Mas só teremos isso se a usarmos com compromisso", resumiu o presidente do Grupo Record no Estado. Mário Gusmão, por sua vez, provocou os presentes com indagações, afirmando que veículos de comunicação não são concessão do governo, mas empresas como outras quaisquer. "A imprensa é, sim, instituição da sociedade. O quadro que se encaminha é bom para o País?", provocou o presidente do Conselho de Administração do Grupo Sinos.

Editor-chefe do Jornal do Comércio, Guilherme Kolling iniciou sua explanação sentenciando: "Estar informado não é o mesmo do que estar bem informado". Por conta disso, defendeu que a imprensa precisa de pluralidade e divergência para bem informar, ser referência e pilar da democracia. Para defender seu ponto de vista, Paulo Sérgio Pinto, vice-presidente da Rede Pampa, parafraseou Adelino Gomes dizendo que a liberdade de imprensa é a mãe de todas as liberdades e completou: "Liberdade de expressão é fiadora da democracia". O último a tomar a palavra foi o diretor Comercial do SBT RS, Carlos Toillier, que reforçou a versão de seus colegas de palco, ressaltando que o Jornalismo não pode apenas atacar, tem que mostrar a verdade. Defendeu também que a notícia deve estar em todas as classes sociais, pois "a informação está no celular, mas a esquina ainda está na TV".

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