Empresário se aventura nas redes sociais e vira influenciador digital

Olanir Grazziotin atuou por 50 anos na empresa varejista

Olanis Grazziotin - Divulgação

O empresário Olanir Grazziotin, após atuar por 50 anos na rede varejista que leva seu sobrenome, decidiu se aventurar na internet e virou influenciador digital. Aos 70 anos de idade, ele agora desenvolve conteúdo sobre mercado e varejo para plataformas digitais, voltado para pequenos e médios empreendedores. "Pessoas que buscam evoluir, pessoal e profissionalmente. Que se desafiam e buscam melhorar como indivíduos e no mundo dos negócios. Que estejam conectados ao varejo", explicou,e nm entrevista ao Coletiva.net.

Ao longo de sua trajetória na empresa, Olanir foi diretor-administrativo e financeiro da holding que gere a rede varejista Grazziotin. Agora, atua na Diretoria da Holding e prestar consultoria para negócios com foco no varejo. Natural de Passo Fundo, se formou em Ciências Contábeis pela UPF em 1972 e fez pós-graduação em Sistemas na Ufrgs em 1982. Olanir ainda se aperfeiçoou em Finanças pela Fundação Dom Cabral em 2008 e fez uma série de imersões nos Estados Unidos, focadas em inovação e práticas disruptivas aplicadas aos negócios.

Ele concedeu uma entrevista exclusiva ao Coletiva.net, contando sobre sua atuação nas redes sociais:

COLETIVA.NET: Como surgiu a ideia de se aventurar como influenciador digital nas redes sociais?

OLANIR GRAZZIOTIN: Depois de trabalhar 50 anos na rede Grazziotin, onde avancei todos os degraus - desde auxiliar de depósito até diretor administrativo e financeiro, percebi que não podia ficar longe dessa cachaça: o varejo. Após um longo período sabático e de muita reflexão, comecei a trabalhar como consultor empresarial, vivendo os desafios de perto. Percebi, de cara, que o mundo estava mudando, e essa transformação, cada vez mais veloz. Se o mundo está em constante mutação, eu também precisava rever o curso dos meus planos. Resolvi desbravar esse novo universo digital. Algo que é realmente importante e significativo na minha vida - lembro que a Grazziotin foi a primeira empresa do interior do Rio Grande do Sul a incorporar um computador na sua estrutura, em 1973.

COLETIVA.NET: Como você prepara os assuntos abordados nos canais?

O.G.: Pensar nas pautas e como abordá-las com simplicidade sem deixar de ser criativo, é sempre um desafio. Ser interessante no meio de tanta informação e plataformas redobra o compromisso da produção: dialogar profundamente com o nosso público-alvo. A operação que viabiliza nossos filmes, por exemplo, passa pela preparação, revisão, filmagem, edição e curadoria da nossa equipe. Na tentativa de emprestar um outro olhar para a nossa audiência, além das minhas experiências de vida, busco referências do mercado, experiências internacionais e conteúdos que inspirem e sejam significativos na vida de quem nos acompanha virtualmente.

COLETIVA.NET: De que maneira acredita que pode contribuir para o mercado com este projeto?

O.G.: Quando iniciei na Grazziotin era apenas uma loja, quando saí já eram 310. Foram 50 anos errando e acertando, aprendendo e empreendendo, construindo o varejo. Mas preciso dizer que o técnico vem depois do pessoal. O ser empreendedor vem antes, identificado pelo embasamento, pelas habilidades permanentes, a consciência, o espírito público, através da forma como se relaciona com o mundo. Uma postura aplicada e identificada em várias naturezas: social, econômica, humana. As atitudes perante à vida são o pano de fundo filosófico que define a sociedade - e que traduz nós mesmos. 

COLETIVA.NET: Qual a importância de trazer assuntos relacionados a varejo, negócios e empreendedorismo para o público?

O.G.: Os assuntos filosóficos são de interesse da humanidade, cabem em qualquer hora e lugar. Fazem refletir, enxergar melhor o mundo, expandem até as esperanças - algo realmente necessário em dias tão difíceis como o que vivemos. No que se refere a pautas técnicas, vejo como se estivéssemos lançando sementes, sempre na tentativa de que germinem, cresçam, tenham raízes profundas e frutifiquem. 

O novo universo digital hoje não tem linhas retas, horas marcadas nem ponto de chegada. É realmente desafiador, um estágio constante de mais experimentação e de poucas certezas. Talvez isso seja o que mais me encanta: não parar de aprender.

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