Cinco perguntas para Alessander Bellaver

Profissional é natural de Porto Alegre e atua nacionalmente na área de Marketing, com foco estratégico no setor imobiliário

03/07/2025 17:00
Cinco perguntas para Alessander Bellaver /Crédito: Carlos Magno

1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?

Meu nome é Alessander Bellaver, sou natural de Porto Alegre e atuo nacionalmente na área de Marketing, com foco estratégico no setor imobiliário. Trabalho com posicionamento de marca, campanhas e place branding, criando soluções que conectam territórios, pessoas e negócios.

Minha trajetória passa por projetos em cidades como Porto Alegre, Florianópolis, Uberlândia, Cuiabá, Jataí, Rio Verde, Primavera do Leste, Sinop, Alta Floresta e diversas regiões do interior de São Paulo. Atuo onde o desafio está: cada cidade representa um novo ecossistema de consumo, cultura e oportunidade.

Além da vida profissional, sou triatleta e isso não é apenas um detalhe. A rotina de treinos, provas e metas me ensinou muito sobre consistência, preparo mental, resiliência e foco em performance. Esses mesmos princípios levo para o Marketing: a estratégia precisa ter ritmo, a execução exige preparo, e o resultado é fruto de construção, não de improviso. Trabalho com marcas que querem ir além do básico, que entendem que Marketing é mais do que vender, é posicionar, comunicar com relevância e construir valor duradouro.

2 - Por que optou pela Publicidade?

Minha entrada foi pela Publicidade, mas logo entendi que o que realmente me movia era o Marketing, por ser uma disciplina que vai além da Comunicação e passa a ser protagonista na estratégia dos negócios. O Marketing conecta marca, comportamento, dados, produto e propósito. É uma área viva, que exige escuta, leitura de cenário e decisões com impacto direto no presente e no futuro das organizações.

Ao longo da minha trajetória, fui cada vez mais percebendo o quanto o Marketing é parte essencial da gestão contemporânea, como destacam Sandro Magaldi e José Salibi Neto em 'Gestão do Amanhã'. Vivemos um tempo em que o modelo tradicional de negócios está sendo desafiado e, nesse cenário, o Marketing deixou de ser apenas uma área de apoio e passou a ser centro de decisões estratégicas, capaz de liderar transformações, gerar relevância e sustentar posicionamento.

É por isso que escolhi esse caminho. O Marketing me permite atuar de forma ampla, construindo marca, estruturando lançamentos, orientando narrativas e ajudando empresas a entenderem que, mais do que vender, é preciso gerar valor. E esse valor precisa ser percebido pelo mercado, mas principalmente, sentido pelas pessoas.

Hoje, com dados, tecnologia e inteligência, temos a chance de fazer isso com ainda mais precisão. Mas a essência permanece: o Marketing do futuro é feito de escuta, empatia, estratégia e coragem para inovar. E é justamente isso que me move todos os dias.

3 - Em maio, você liderou uma campanha place branding em Uberlândia, em Minas Gerais. Como foi a experiência?

Foi uma experiência extremamente rica. Trabalhar com place branding exige muito mais do que aplicar conceitos de Marketing tradicional. É preciso entender o território, a cultura local, o momento econômico e, principalmente, o sentimento de pertencimento das pessoas. 

Em Uberlândia, construímos uma campanha que equilibrou técnica, sensibilidade e estratégia. A proposta foi mostrar o valor da cidade como ativo, tanto para os moradores quanto para os investidores, com uma narrativa que unisse identidade local e visão de futuro.

E vem mais por aí. Estamos iniciando uma nova campanha, agora em outra cidade, com uma abordagem totalmente distinta, porque cada lugar tem uma alma própria. E isso é o que torna o place branding uma disciplina tão fascinante dentro do Marketing.

4 - Na sua opinião, quais são os principais desafios da profissão?

Um dos maiores desafios do Marketing hoje é manter profundidade e propósito em meio à velocidade com que tudo muda. É fácil cair na tentação do imediatismo, das métricas de vaidade ou das fórmulas replicadas. O difícil, e necessário, é construir estratégias pensadas para longo prazo, com consistência, inteligência e respeito ao contexto de cada marca e de cada mercado.

Além disso, o cenário está cada vez mais complexo e exige um profissional capaz de ler dados, mas também de ouvir pessoas e de aplicar tecnologia, sem perder a visão humana. Ética, coerência e adaptabilidade são essenciais. Marketing bom não é só o que performa, é o gera valor sustentável.

5 - Quais são os seus planos para os próximos cinco anos?

Tenho dedicado muito do meu tempo a estudar o futuro das cidades, como elas se comunicam, se posicionam e constroem valor para seus habitantes e investidores. Nos próximos anos, quero aprofundar minha atuação nesse campo, desenvolvendo estratégias de Marketing territorial, projetos de branding urbano e ações que conectam marcas à dinâmica real dos lugares.

Também pretendo produzir conteúdo mais autoral sobre o tema, talvez um livro ou documentário que una minhas experiências práticas com uma visão mais crítica sobre branding, comportamento e urbanismo. Meu objetivo é continuar colaborando com marcas e territórios que estejam dispostos a gerar impacto positivo, não só nos resultados de venda, mas também na forma como as pessoas vivem, consomem e se relacionam com o ambiente urbano.