Cinco perguntas para Bárbara Scussel
Jornalista relata uma trajetória repleta de mudanças, que procura unir paixões
                                        
                                        
                                        1. Quem é você, de onde vem e o que faz?
Sou Bárbara Scussel, apenas nascida em Curitiba, mas totalmente gaúcha e porto-alegrense. Fui a primeira da minha família a conquistar um diploma universitário, me formando em Jornalismo pelo Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter) em 2017. Minha trajetória profissional na área da Comunicação começou cedo, em 2012, no segundo mês da faculdade, e desde então não parei.
Tive experiências em empresas como a Box Brazil, focando em Comunicação Interna e redes sociais, mas minhas principais atuações foram em veículos, como estágios na TV Pampa, Record, rádio FM Cultura, e atualmente, pela Lumière Produções, na rádio e TV da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Estou há quatro anos imersa no Legislativo, onde meu objetivo é traduzir o que acontece no Parlamento da forma mais acessível possível para quem está em casa. Inicialmente, atuei nos bastidores, na produção, e há quase dois anos estou à frente das telas como comunicadora, acompanhando as atividades parlamentares e apresentando os programas 'Faça a Diferença' (que amo de paixão!) e, mais recentemente, o 'Hoje na Assembleia'.
2. Qual foi a sua motivação para escolher a carreira na Comunicação?
Sempre quis ser professora, e o Jornalismo nunca havia passado pela minha cabeça. Fiz o curso Normal junto com o Ensino Médio e cheguei a dar aula, mas no estágio final, diante de uma turminha cheia de crianças, pensei: "O que estou fazendo aqui?". Depois dessa frustração com o magistério, o Jornalismo surgiu em uma conversa com uma tia, que resolveu me ajudar.
Quando ela perguntou: "Por que tu não faz Jornalismo?", tudo clareou, como se uma luz se acendesse na minha cabeça. Percebi que a Comunicação sempre esteve comigo. Sempre fui a menina que apresentava o trabalho do grupo, era escolhida para falar em frente à turma ou aquela que a professora escolhia para liderar.
3. Recentemente, você integrou a equipe do programa 'Hoje na Assembleia', que também foi lançado há pouco tempo. Como tem sido essa experiência?
Com 32 anos e mais de 10 de carreira, estou há somente dois anos na reportagem. Jamais imaginei estar à frente de um telejornal diário e ao vivo. Como muitas mulheres, enfrentei a síndrome da impostora e, por um momento, achei que não estava pronta para um desafio e uma responsabilidade tão grande. Mas resolvi encarar! A TV da Assembleia Legislativa conta com uma equipe fantástica, e a confiança dos colegas e gestores me motivou a querer fazer dar certo. O frio na barriga do ao vivo é real, mas, dia após dia, o jornal tem evoluído, e fazemos um trabalho que me enche de orgulho. Sou muito grata por poder 'aprender fazendo' junto a uma equipe tão querida que me incentiva e acredita em mim.
4. Qual é o maior desafio na apresentação do programa?
É muito desafiador levar notícias políticas para a casa das pessoas logo cedo, às 8h45. Muita gente ainda acha que política é chata ou cansativa, e acredito que estamos desmistificando essa ideia. Temos conseguido levar informação, dando ainda mais espaço para os deputados se expressarem, com leveza, agilidade e até um toque de descontração. Tenho me divertido muito apresentando o 'Hoje na Assembleia', e para mim esse é o maior sinal de que estamos no caminho certo. O frio na barriga continua, mas o sorriso está sempre no rosto.
5. Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?
Sou uma pessoa viciada em trabalho e em aprender coisas novas. Há dois anos iniciei outra graduação: estou estudando Nutrição e descobrindo uma área encantadora. Penso em unir esses dois universos de alguma forma, sem nunca deixar a Comunicação e o Jornalismo de lado. Consigo me ver em cinco anos contando histórias e dando espaço para quem precisa ser ouvido. É um tanto utópico, e todo jornalista sonha um pouco com isso, mas tenho a sorte de já colocar isso em prática.
Diariamente, ouço pessoas que vão à Assembleia participar de audiências públicas em busca de seus direitos. Recebo convidados no programa 'Faça a Diferença' que se emocionam ao falar sobre inclusão, direitos humanos e diversidade. Além disso, ainda posso dar voz às decisões dos parlamentares que afetam a vida de todos os gaúchos. Hoje, sinto-me muito realizada, valorizada e cumprindo minha função social como jornalista. Espero que, em cinco anos, eu siga assim: sorrindo, entusiasmada com o que faço e contribuindo para um mundo melhor por meio de um Jornalismo que acredito. Mais humano e afetivo.
                
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