Cinco perguntas para Mateus Rodighero

Jornalista comanda a equipe da redação de GZH em Passo Fundo, inaugurada em março

Mateus Rodighero é natural de Passo Fundo - Crédito: Arquivo pessoal

1 - Quem é você, de onde vem e o que faz? 

Sou Mateus Rodighero, tenho 37 anos, natural de Passo Fundo e trabalho com Jornalismo há quase 20 anos, sendo 15 no Grupo RBS. Atualmente, sou editor-chefe da Redação Integrada de Passo Fundo. Além disso, coordeno o telejornalismo das unidades de Cruz Alta, Erechim e Santa Rosa da RBS TV e apresento o 'Jornal do Almoço' regional, que vai ao ar para cerca de 220 cidades do Norte e Noroeste do Rio Grande do Sul. 

2 - Por que optou pelo Jornalismo? 

Minha escolha pelo Jornalismo aconteceu cedo, ainda na adolescência. Sempre gostei muito de ler livros, jornais e revistas e assistia telejornal desde criança, acompanhava programas esportivos e ouvia rádio. Quando estava na oitava série do Ensino Fundamental, a direção da escola onde estudava decidiu montar uma rádio interna para fazer comunicações nos intervalos das aulas. Fui um dos primeiros participantes do projeto e começou ali a prática. Sempre tive facilidade para me expressar, então o Jornalismo acabou sendo uma escolha natural.  

Logo que terminei o Ensino Médio, comecei a faculdade de Jornalismo na Universidade de Passo Fundo (UPF). Durante a graduação, trabalhei no Grupo Diário da Manhã de Passo Fundo e, após a formatura, ingressei no Grupo RBS pelo Projeto Caras Novas, em 2008, em Porto Alegre.  

3 - Em março, o Grupo RBS inaugurou a redação de GZH em Passo Fundo, onde você foi escolhido para comandar a equipe. Como tem sido a experiência até então? 

É um grande desafio, tendo em vista que esse projeto prevê duas entregas: uma delas é o site GZH Passo Fundo, com foco no hiperlocal, trazendo os assuntos que são relevantes para Passo Fundo e para a comunidade dessa região. A outra é interna, relacionada ao processo na redação, que passou a ser integrada entre os veículos do Grupo RBS. Na mesma redação, produzimos os conteúdos para TV, site, rádio, impresso e redes sociais.  

Nós, jornalistas, precisamos olhar para o fato e entender as diferentes oportunidades de publicação nas diversas plataformas. Formamos um time muito comprometido desde o início do projeto, então a experiência tem sido muito positiva. Já conseguimos bons resultados e o aprendizado é diário. 

4 - Na sua avaliação, quais os principais desafios em coordenar uma redação nova dentro desse contexto do Jornalismo Local? 

Como trabalho na TV há 15 anos, sempre tive meu foco no telejornalismo e esse foi o primeiro desafio que surgiu: precisei ampliar a forma de enxergar a matéria e pensar o conteúdo para o digital. A partir de GZH, passamos a ter na redação a possibilidade de publicação a qualquer momento, diferente da TV, que tem o deadline dos telejornais e os espaços específicos de notícias regionais. No site, toda a pauta relevante pode ser publicada a qualquer momento e isso me fez olhar os conteúdos de forma mais abrangente. Da mesma forma, isso também nos obriga a planejar ainda melhor, porque nos foi ampliada a possibilidade de veiculação. O mesmo fato jornalístico pode ser notícia em GZH, na rádio Gaúcha, em Zero Hora e nos telejornais da RBS TV.  

Coordenar essa operação não é uma tarefa fácil. Por isso, ampliamos a estrutura da equipe, tendo a Cintia Furlani como chefe de Reportagem e repórteres e editores que entendem a proposta de uma produção integrada. 

5 - Quais são os seus planos para daqui a cinco anos? 

Ao lançar GZH Passo Fundo, a empresa demonstrou interesse em seguir apostando no Jornalismo Hiperlocal. Fiquei muito empolgado desde o início do projeto da Redação Integrada e de um novo veículo com o peso da marca GZH aqui na região. Tenho muito a aprender nesse mundo digital, por isso gostei do desafio. Meu objetivo para os próximos anos é ajudar a consolidar esses espaços de Jornalismo Hiperlocal por aqui, valorizando as comunidades e potencializando as notícias da metade Norte do estado nos diferentes canais. 

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