Cinco perguntas para Orlando Moraes

Jornalista assumiu recentemente a coordenação da Comunicação da Câmara de Vereadores de Porto Alegre

Orlando Moraes - Crédito: Isabelle Rieger/CMPA

1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?

Sou Orlando Moraes, tenho 25 anos e nasci em Quaraí, na fronteira oeste do Rio Grande do Sul. Sou formado em Jornalismo, com especialização em Gestão e Assessoria de Comunicação. Sou apaixonado por Política e Comunicação Institucional, pois sempre acreditei no poder transformador da transparência e do diálogo com a população como a melhor ferramenta de construção de uma gestão pública eficiente. 

Já atuei na comunicação do governo do Estado, como assessor parlamentar na Assembleia Legislativa e como coordenador de Comunicação da Secretaria de Obras de Porto Alegre. Há três meses, aceitei o convite para exercer meu maior desafio até aqui: coordenar a Comunicação da Câmara Municipal da Capital dos gaúchos.  

2 - Por que escolheu o Jornalismo?

Desde cedo percebi que era a Comunicação a minha área de atuação. Mais do que uma profissão, o fazer jornalístico sempre foi a minha grande paixão. Aos oito anos, já produzia e editava um jornaleco escolar, do qual me orgulhava muito. De lá para cá a certeza só aumentou e tenho a felicidade de poder dizer que me sinto extremamente realizado na profissão que escolhi.

O Jornalismo é um dos pilares mais importantes da nossa sociedade. Dele depende o bem-estar da nossa democracia, justiça e organização social. Além disso, escolher atuar com Comunicação Pública Institucional representa, para mim, um encontro com aquilo que sempre acreditei: que cada um de nós tem a função de colaborar para as transformações que quer ver no mundo ao redor. 

3 - Você assumiu a coordenação de Comunicação na Câmara de Vereadores de Porto Alegre com a missão de repaginar as redes sociais e aumentar o contato com a população. Como tem sido o trabalho?

É um grande desafio, sobretudo porque a coordenação de Comunicação da Câmara passa por um momento de reformulação e recomposição da equipe. Trata-se de um departamento composto exclusivamente de servidores de carreira e estagiários, e é preciso alinhar junto deles o papel que cada um terá nesse processo. Ainda assim, o trabalho tem sido feito, e pouco a pouco reconhecido por aqueles que são nosso objetivo final: os parlamentares da Casa e a população. 

O processo de repaginação das redes sociais já foi iniciado e temos ampliado a visibilidade do trabalho realizado pelo legislativo. Claro, é um trabalho de "formiguinha". Não trata-se apenas de publicar conteúdos em plataformas digitais. A produção desse conteúdo, os formatos, e principalmente a interação com a população devem ser analisada e pensadas com muito critério. As bases para que consigamos atingir os objetivos da gestão já estão postas. Nos próximos meses apresentaremos as diretrizes da Comunicação Digital da Câmara, e novas ferramentas. 

4 - Você acumula algumas passagens pelo Executivo e Legislativo da Capital. Pela sua experiência, quais os maiores desafios encontrados na Comunicação destes setores?

Fazer Comunicação Pública, seja no executivo ou no legislativo, em nível de estado ou município, traz consigo inúmeros desafios. Sobretudo no momento atual, em que a internet e a difusão das redes sociais nos apresentaram a uma infinidade de oportunidades, democratizando os espaços de fala. Por mais positivo que isso seja, é preciso todo um cuidado especial quando se trata de Comunicação Pública e Institucional. 

Ao mesmo tempo, vivemos um período de crise no que tange à representação política. Grande parte da população não se enxerga atendida ou representada por órgãos e agentes públicos. E romper com essa perspectiva, aproximando o cidadão dos serviços, dos debates, e dos espaços de poder, é uma necessidade latente da Comunicação Pública e Política do País. 

Sendo assim, para além de qualquer outro desafio, o de dar credibilidade, e a verdadeira importância ao trabalho do legislativo e do executivo, é, sem dúvida, o mais importante. O que se faz nestes setores interfere no cotidiano de cada um de nós, cidadãos, e por essa razão é que devemos estar cada vez mais próximos e atentos às suas ações. Por mais desafiador que isso seja, é uma alegria enorme ser agente dessa aproximação.

5 - Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?

Nunca fui de fazer grandes planos. A minha vida e carreira sempre foram acontecendo no ritmo intenso e dinâmico ao qual me dedico para cumprir a função social de comunicar. O que não quer dizer que não possuo sonhos e objetivos, eles são muitos. 

Quero a cada dia ampliar meu conhecimento dentro das técnicas que envolvem a Comunicação, bem como do leque de outras áreas pelas quais a gestão e a Comunicação Institucional perpassam. Quanto à carreira, desejo continuar a atuar como gestor, dentro de espaços e funções que me possibilitem me desafiar, aprender, e inovar.

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