Cinco perguntas para Tiago Boff

Jornalista recebeu a medalha Alberto André da ARI em reconhecimento pelo seu trabalho

Jornalista recebeu a Medalha Alberto André

1- Quem é você, de onde vem e o que faz?

Sou o Tiago Mengue Boff, tenho 35 anos e moro atualmente no bairro Santana. Contudo, cresci em Viamão, onde vivem meus pais. Já eles são descendentes de alemães e italianos e são naturais do interior de Três Cachoeiras, no Litoral Norte. Sou jornalista formado pela PUC e pós-graduando no semestre final de Gestão e Empreendedorismo em Jornalismo, pela ESPM-Sul. Fui produtor da rádio Gaúcha por seis anos. Há cerca de dois anos sou repórter do Grupo RBS. Escrevo em GZH, Zero Hora e algumas reportagens também são veiculadas na RBS TV.

2- Por que escolheu ser jornalista?

A resposta soa meio clichê, mas quando criança acompanhava o extinto Plantão Gaúcha ao lado do meu pai. O hábito de consumir notícia me formou, e então busquei o jornalismo como profissão. Entrei tarde na faculdade, após ganhar uma bolsa integral na PUC - tinha 25 anos quando ingressei, a mesma idade de alguns professores. Resumo a escolha do Jornalismo em poder fazer a diferença, nem que seja para uma única pessoa. E dar voz a quem não é notado.

3- Você recebeu a Medalha Alberto André, da Associação Riograndense de Imprensa (ARI). Qual a importância desse reconhecimento?

O reconhecimento do público, que diariamente demonstra carinho nas ruas e nas redes sociais, me completa como profissional. A medalha, a partir da escolha de profissionais da comunicação que compõem a direção da ARI, complementa o que faço: jornalismo para as pessoas. Não trabalho com o intuito de ser premiado, mas o reconhecimento é fruto do objetivo principal. Agradeço muito a lembrança e espero que eu consiga seguir informando e entretendo, com mais prêmios na esteira do meu esforço e de todos que trabalham comigo: motoristas, produtores, repórteres-fotográficos, os técnicos de áudio que não dão qualidade estupenda na rua e gestores que dão suporte a essa grande estrutura.

4- Você tem se destacado por suas reportagens que envolvem pessoas comuns, falando de seus dramas e alegrias. Foi algo que você planejou ou que surgiu naturalmente?

A ideia começou com a Mariana Ceccon, chefe de reportagem do turno da manhã. Ela e a Andressa Xavier, editora-chefe da Gaúcha, debatiam novos formatos. Ela sugeriu que a manhã tivesse um repórter focado em ouvir pessoas nas ruas, deixando o programa com tom menos hard news. O início não estava bem desenhado, ainda de certa forma improvisada, até que um dia o Antônio Carlos Macedo me chamou e disse: quero que tu foques em pessoas que vão além. Que fazem mais do que suas tarefas diárias, que têm algum trabalho de destaque, que tenham conexão com nosso público. E ele disse: "tu serás lembrado nesse horário, com algo diferente, aproveita a chance". Não é à toa que o Macedão é o Macedão. Ele incentivou e hoje recebo um retorno muito positivo para o quadro, chamado internamente de "Fique Bem". Nem sempre são notícias positivas, mas sempre tem um toque pessoal, particular, a experiência de quem superou algum drama e venceu. Creio que inspire quem nos acompanha a seguir. Principalmente nesse 2020 tão maluco. 

5- Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?

Espero seguir próximo ao público. Gosto de ser repórter, quem sabe incluindo outras mídias? Não tenho intenção de me tornar exclusivamente apresentador, tampouco editor. Mas conquistar outros espaços, como TV e redes sociais é uma ambição. Em cinco anos? Não sei. Alguém sabe?

Essa entrevista foi realizada pelos alunos de Estágio I do curso de Jornalismo, do Centro Universitário Metodista IPA. Texto: Douglas Webber

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