Clube de Criação do RS firma parceria para evoluir mercado criativo gaúcho
Conselheiro William Mallet revelou que entidade agora é sócia corporativa do Clube de Criação Brasil
                                        
                                        
                                        A participação do Clube de Criação do Rio Grande do Sul (CCRS) no 'Festival do Clube de Criação 2025' rendeu bons frutos. William Mallet, fundador e conselheiro da entidade gaúcha, contou ao Coletiva.net que uma parceria que torna o CCRS sócio corporativo foi firmada com o Clube de Criação Brasil - novo nome do braço paulista da organização. "Queremos valorizar os nossos. Aqui tem muita 'coisa' boa acontecendo. Essa é uma das saídas para dar mais visibilidade ao que fazemos aqui", explicou.
O publicitário destacou que o Rio Grande do Sul é um "exportador de talentos" para o mercado de São Paulo há muitas décadas. "Os nossos profissionais são excelentes lá, como são excelentes aqui. Entre as coisas que mudam estão principalmente o tamanho dos clientes, da verba das campanhas e - principalmente - do próprio salário", ponderou. Segundo William, apesar dessas diferenças, a visibilidade é essencial para o crescimento do mercado gaúcho.
Ele mencionou que há planos para a realização de projetos conjuntos. "Há muito tempo se debate em termos de volta um festival de criatividade capitaneado pelo Clube de Criação. Mas antes do prêmio, é importante todo mundo ver a quantidade de coisas legais que estão sendo criadas aqui", afirmou. Felizmente, com uma maior abertura entre os dois Clubes, já é possível vislumbrar a retomada das premiações de maneira oficial. "Somos um polo criativo e esperamos que o nosso mercado esteja ao nosso lado", destacou.
Segundo William, o CCRS nasceu para valorizar a criação feita no Rio Grande do Sul: "Queremos bater palmas para os colegas da agência vizinha. Queremos que todo mundo veja o nosso trabalho com bons olhos. Terminou a fase de não sabermos mais o que os nossos amigos estão fazendo". Um dos desejos da entidade é que os clientes nacionais voltem a investir nas agências do Estado e a parceria dará mais chances de fazer isso acontecer.
Representatividade gaúcha no 'Festival'
William disse se sentir honrado pelo convite do Clube de Criação para estarem no evento. Para ele, poder enxergar o Festival com os olhos dos organizadores foi diferente de estar lá como alguém que está concorrendo ou participando como speaker. "Trocar ideias nos bastidores e conversar com os organizadores no meio da correria acabou nos ensinando sobre como vamos trazer isso para cá", contou. O conselheiro Alessandro Carlucci também acompanhou o evento.
Head de Criação da Moove, Cado Bottega esteve presente e definiu a experiência como "incrível". "Além das palestras e das premiações, tem a questão do relacionamento, dos novos contatos e do reencontro com profissionais, amigos e fornecedores que eu não via há algum tempo", afirmou. Ele acredita que a própria cidade de São Paulo tem um ambiente propício para o networking. "E claro que as apresentações e os cases trazem muito conteúdo para o nosso crescimento e reinvenção também", pontuou.
Para Cado, ter a oportunidade de ver diversas soluções para problemas parecidos com o que enfrenta na própria realidade foi uma ótima experiência. "E também tem a questão de nos provocar, no sentido de que não há limites para a criação, que as ideias estão aí e temos que ser talentosos e perspicazes para saber utilizá-las da melhor maneira", destacou. Também chamaram a atenção dele as montagens dos cases e um painel que criticou a cultura de "prêmio a qualquer custo" entre as empresas. Ele também comentou sobre a parceria com a entidade paulista: "Participamos já como sócios, conhecemos a diretoria nova que tomou posse e estamos planejando várias ações para trazer aqui para Porto Alegre".
Quem também esteve presente foi Alexandre Meurer, fundador e produtor executivo da Brava Filmes. "Sempre é muito legal participar do 'Festival do Clube de Criação' e neste ano, em especial, em função dos 50 anos da entidade foi mais bacana ainda", declarou. Para o publicitário, foi uma oportunidade de encontrar empresas, amigos e clientes de outros estados e também fazer novas conexões.
Segundo Alexandre, o mais relevante do evento costuma ser as reflexões voltadas à criatividade e o uso dela no dia a dia da Propaganda. "Embora a gente tenha visto outros assuntos na roda de conversas, como a IA, que está sempre muito atual, eu acho que a premissa básica desse festival é a criatividade", pontuou. É por isso que ele a considera o norte. "Não esquecer dela [da criatividade] e tentar sempre e cada vez mais usar, não só na criação das nossas peças, mas no dia a dia do nosso trabalho", finalizou.
                
                Coletiva