Compol: Marcelo Pires fala sobre estratégias para criação de jingles

No mercado desde 1982, publicitário tem carreira marcada pela produção musical

Marcelos Pires tem carreira marcada pela criação de jingles - Crédito: Coletiva.net

Ainda na manhã desta terça-feira, 12, o Compol - Comunicação Política e Institucional recebeu o publicitário Marcelo Pires. Desde 1982 no mercado, ele se dedicou a falar sobre as estratégias para a criação de jingles, tipo de produção que marca a carreira do profissional. Entre outros trabalhos, o comunicador é autor de 'O Amor é a Melhor Herança', campanha do Grupo RBS contra a violência infantil e a favor dos cuidados às crianças.

"O jingle não é apenas um assunto de músicos e sim também de publicitários, redatores e criadores, então é importante falar sobre isso na Publicidade", destacou Marcelo. Pensar em música, para ele, é essencial atualmente, principalmente porque "vivemos uma geração TikTok", em que as músicas, a partir da viralização, têm o poder de mudar a indústria. 

Porém, para ser efetivo, o jingle deve ser curto e ter um texto simples, para se tornar "um chiclete de ouvido", isto é, fazer com que a população decore a música e lembre do candidato ao ouvi-la. Outro ponto importante, para Marcelo, é que a obra não pode ser pensada como algo isolado e, sim, como parte de um todo, encaixando-se na campanha e passando a marca a identidade do candidato. "E é por isso que o jingle não é algo apenas para músicos, mas também para profissionais da Publicidade, posicionadores", completou.

A repetição, no entanto, não é uma virtude por si só, de acordo com Marcelo. "Não acredite que uma música chata fará bem à campanha. Se isso acontece, o 'efeito chiclete' acaba sendo o contrário, pois as pessoas passam a não querer mais ouvir a canção", disse.

Para ele, alcança-se o sucesso quando "as pessoas esquecem o jingle é o jingle" e o público passa entender ele como uma música. Como exemplo, o publicitário trouxe a canção 'Este Ano, Quero Paz no Meu Coração', encomendado pelo Governo do Brasil em 1976, como uma mensagem de fim de ano de paz e união política.

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O Compol - Comunicação Política e Institucional é um dos principais congressos de Comunicação Política e, além de Porto Alegre, acontece nas capitais Goiânia, Manaus, Palmas e Salvador. Marca da Bn3 - Marketing Baseado em números, Fepese, PostPúblico e NinaLab, o encontro é destinado a jornalistas que cobrem política, assessores de imprensa de agentes políticos, profissionais do Marketing e comunicadores em geral, além de políticos e aspirantes à vida pública. 

No Rio Grande do Sul, o evento chega assinado pela Critério - Resultado em Opinião Pública, com patrocínio de Corsan, Di Paolo e Ecosul, durante a terça-feira, 12, e a quarta-feira, 14, no Instituto Ling. Com uma série de painéis sobre o mundo da Comunicação Política, o encontro tem cobertura de Coletiva.net.

 

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