Faleceu no início da tarde deste sábado, 29, aos 90 anos, o jornalista Éldio Macedo, uma das vozes mais marcantes da Comunicação do Rio Grande do Sul da década de 1960. A causa da morte, assim como local de sepultamento, ainda não foram informados. Ele deixa a esposa Ivone Pereira Macedo, e os cinco filhos: Kleber Komká, Kleyton Macedo, Karen Macedo, Kássya Macedo e Rita Macedo.
Éldio foi um dos ícones da reportagem gaúcha, com suas coberturas irreverentes e conhecimento de Carnaval. Ficou conhecido por uma das atrações mais aclamadas da época, quando apresentou o espetáculo de luta livre 'Ringue Doze', transmitida pela então TV Gaúcha, hoje RBS TV. Ali, ele ingressou nos veículos do Grupo RBS e realizou trabalhos especiais para o jornal Zero Hora.
Origens
De origem humilde, o profissional possui tripla formação, por meio do Jornalismo e Sociologia. Após, graduou-se em Direito, curso que finalizou no Rio de Janeiro. Na cidade, ele foi diretor da rádio Nacional e da Manchete Esportiva, e atuou na TV Tupi. Participou da cobertura de 10 Copas do Mundo, esteve em quatro Olimpíadas e visitou 46 países, conhecendo e entrevistando personalidades e atletas, mas a atuação não se restringiu ao segmento esportivo. Como profissional concursado da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, assessorou políticos como Leonel Brizola, Paulo Brossard, Pedro Simon e Sereno Chaise - ex-vereador, ex-deputado estadual e ex-prefeito de Porto Alegre.
Ao se aposentar do Grupo RBS, assim como da Assembleia Legislativa, foi morar, de fato, na cidade maravilhosa. No Rio, ele não deixou a Comunicação. Isso porque, devido a sua paixão pela música e cultura negra, foi convidado para ser comentarista da RBS TV e Rede Globo, do Carnaval do Rio. Lá, realizou trabalhos com Cláudio Brito, Eduardo Gabardo, Fred Soares, Luciano Périco e Zé Alberto Andrade. Eldio foi, ainda, compositor de temas enredos e autor de livros como o 'Preto Poeta'.