A série documental gaúcha 'Violadas e Segregadas' estreia nesta quinta-feira, 1º, às 23h, com transmissão para todo o país, simultaneamente, pela TV Brasil e Rede Nacional de Consórcios Públicos (RNCP). O material, que conta com direção de Tatiana Sager e roteiro de Renato Dornelles, será lançado no mês em que é celebrado o Dia Internacional de Luta Contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia. 

Os cinco episódios, de 30 minutos cada, foram rodados em presídios do Rio Grande do Sul. Na tela, o universo de mulheres trans e travestis que vivenciaram o encarceramento, demonstrando pessoas que, quando presas, são colocadas em prisões masculinas, isoladas do restante da massa carcerária, em um sistema de dupla segregação. Ou, então, alojadas junto a autores de crimes sexuais.

Para o roteirista Renato, retratar esse universo no sistema prisional é uma tarefa difícil. "Temos que lidar com a realidade de pessoas que, invariavelmente, têm uma vida marcada pelo preconceito e pela exclusão e que, na prisão, sofrem ainda mais, pois a rejeição a elas é ainda maior. São pessoas pobres e a maioria é negra", comenta. Ele ainda mencionou que, quando deixado o sistema, o preconceito da sociedade com os egressos soma-se à aporofobia, à transfobia e ao racismo que já enfrentavam.

Sobre o documentário 

'Violadas e Segredas' foi contemplada pelo edital público BRDE/FSA-PRODAV - TVs Públicas - 2018, destinado a produções audiovisuais LGBTQIA+. A série tem assistência de direção de Gabriel Sager Rodrigues, que também assina a direção de fotografia com Pedro Rocha e Márcio Cardoso. A produção é de Beto Rodrigues, Renato Dornelles e Tatiana Sager, o desenho de som e mixagem de Wendel Fey, a trilha sonora original de Everton Rodrigues e a montagem de Luan Ott. A realização é da Falange Produções e a distribuição da Panda Filmes.

Confira o trailer: