O Sindicato de Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindjors), em conjunto com o Sindicato dos Radialistas do Rio Grande do Sul, publicou uma nota de repúdio contra os gestores da TV Record RS. O conteúdo manifesta que a empresa permitiu à equipe de reportagem fazer uma matéria, ao vivo, sem os equipamentos adequados de segurança, durante uma reportagem que mostrava as enchentes. As imagens mostram que, durante o programa 'Balanço Geral', diretamente de São Sebastião do Caí, o repórter Rayan Chinellato e o cinegrafista, não usavam coletes salva-vidas, que integram os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
Conforme a nota do Sindicato, atitudes como essa podem colocar em risco a vida dos profissionais, de entrevistados ou colaboradores que estejam participando da reportagem. Mais do que orientar o uso adequado dos EPIs, as empresas precisam fiscalizar e não permitir que os jornalistas coloquem em risco sua integridade e das demais pessoas envolvidas.
Na publicação realizada, recorda-se, ainda, que no site do Sindicato, foi publicada uma matéria que destacava dicas de segurança que um veículo de Comunicação precisa ter durante uma cobertura jornalística. No final da nota, a entidade registra que aguarda providências e alerta que ?o compromisso, mais do que com a notícia, deve ser com o bem-estar da categoria?.
Por diversas vezes, a reportagem do Coletiva.net entrou em contato com a TV Record para uma manifestação em relação ao ocorrido, no entanto, até o fechamento desta matéria, não obteve retorno.
Confira a nota do Sindjors na íntegra:
O Sindicato de Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (SindJoRS) presta sua solidariedade aos colegas jornalistas, radialistas e ao coirmão, Sindicato dos Radialistas do RS, e repudia a falta de responsabilidade da TV RECORD RS, por meio de seus gestores, que permitiram que uma equipe de reportagem entrasse ao vivo, para executar seu trabalho, sem os equipamentos de segurança, nesta segunda-feira, dia 17 de junho. As imagens mostram de forma nítida, em uma entrada no programa Balanço Geral, às 12h, diretamente de São Sebastião do Caí, dentro de um barco para mostrar o problema da enchente, que o repórter Rayan Chinellato não estava usando colete salva-vidas. Chinellato estava acompanhado do operador de câmera, Adilson Rosa, que como estava responsável pela captação das imagens não apareceu em quadro, mas também estava sem o equipamento de segurança.
Atitudes como estas da emissora podem colocar em risco a vida das e dos colegas e, até mesmo, de entrevistados ou colaboradores que estejam participando da reportagem. Mais do que orientar o uso adequado desses EPI'S as empresas precisam fiscalizar e não permitir que esses profissionais coloquem em risco a sua integridade e das demais pessoas envolvidas.
Em matéria feita pela nossa colega diretora Isabel Clavelin e divulgada no nosso site, no dia 12 de maio de 2024, destacamos as dicas de segurança que um veículo de comunicação precisa ter durante uma cobertura jornalística. O SindJoRS aguarda providências, juntamente com o Sindicato dos Radialistas, e alerta que o compromisso, mais do que com a divulgação de uma notícia, deve ser com o bem-estar de nossas categorias no exercício da profissão.