A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) lançou, durante o 19º Congresso Internacional de Jornalismo, o relatório 'Violência on-line: a internet como arena de ataques contra jornalistas'. O documento é um estudo sobre a violência no meio virtual contra jornalistas entre 2021 e 2023. Segundo o estudo, os discursos estigmatizantes se destacam no ambiente digital, representando 85,9% dos 156 casos registrados nessa categoria no ano passado.
Em 2022, cerca de 15 jornalistas foram alvo de tentativas de invasão de contas no X (antigo Twitter), em um ataque massivo. A Abraji identificou que as jornalistas mulheres eram as maiores vítimas, por isso criou o 'Projeto Violência de Gênero contra Jornalistas', que analisa tanto a violência de gênero como a on-line. Dos 32 alertas explícitos identificados, 65,6% tiveram origem ou repercussão na internet no ano passado.
Entre as vítimas - mulheres, cis e trans, e comunicadores LGBTQIA+ - 78,1% foram mulheres e 52% desses episódios foram registrados como comentários explicitamente machistas, misóginos e/ou transfóbicos. Entendendo que o uso das redes sociais é fundamental para a divulgação do trabalho jornalístico, a Abraji reuniu algumas dicas para que os profissionais de imprensa possam se proteger on-line. Para acessá-las, clique aqui.